Enquanto a moda brasileira ainda engatinha em lentos movimentos rumo à produção de roupas de estilo para o mundo plus size, os gigantes da indústria fashion internacional não perdem tempo ao produzir modelitos que valorizam o corpo da mulher curvilínea. A sensação da vez é a marca H&M – uma das principais lojas de departamento dos Estados Unidos e Europa, conhecida por suas roupas boas, bonitas e baratas. Em suas últimas coleções, estilistas renomados desenvolveram linhas exclusivas para a marca com sucesso absoluto de vendas.

Agora, a H&M se prepara para dar saltos ainda maiores. A marca acaba de lançar a linha “Big is Beautiful” – grande é bonito – apelidada de “Bib”. As roupas têm numeração que começam a partir do tamanho 50. A modelo plus size Tara Lynn (que, convenhamos, nem é plus size em minha modesta opinião) é uma das garotas propaganda da nova linha. A modelagem regular da H&M veste até o tamanho 48 (HELLO, lojas de departamento do Brasil: quando vocês irão acordar, HEIN? Não adianta lançar três roupas em tamanho maior e dizer que tem uma linha plus size!). A nova linha já pode ser encontrada nas lojas H&M dos Estados Unidos.

Nota: meninas, escrevo esses posts com dor no coração, sabia? Dor porque lá nos Estados Unidos, eu – que sou um tamanho 46/48 – consigo comprar com tranqüilidade em 90% das lojas. Aqui no Brasil a gente se mata, se desespera e tem que praticamente fazer malabarismo pra achar uma roupa bonita, com um caimento bom e um preço acessível. Quando é que a indústria brasileira vai perceber que há um imenso mercado de consumo sendo ignorado? Olha, é revoltante. Sinceramente. Agora, o que nos resta é babar nas fotos abaixo e pedir a Deus para que algum ser iluminado faça algo parecido para nós, brazucas.

Quem tá passando mal ai com os modelitos DI-VI-NOS levanta a mão!!! o/

P.S.: Só não entendo porque essas modelos MAGRAS estão fazendo campanha para uma linha que veste mulheres de manequim 50+. Cadê a diva Fluvia Lacerda nesta campanha? Ai…tá tuuuudo errado!

Comentários

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7 comments

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O que mais me incomoda, mais do que a numeracao 46 ser o limite (eu que visto 48), e o olhar torto de certos vendedores, pq eles sabem que nao acharemos nada. Mesmo em grandes redes. E um olhar acusador que beira o deboche.
Pois conto um caso, e nem e em loja de rede.
Uma vez minha mae entrou na TVZ do Shopping Morumbi pra xeretar (poderia ser algo pra ela. Poderia ser um presente) e logo pulou em cima dela uma vendedora cheia da arrogancia que e peculiar a algumas pessoas, de nariz em pe e soltou a seguinte perola: nos temos todos os tamanhos, numeracao completa, ate o ultimo, 46. O olhar foi daqueles crueis do tipo: o que vc ta fazendo aqui, nao tem nada aqui pra voce.
Revoltante e, o pior, Real.

Sabe qual o fim da historia? Depois dali entramos na Zank e eu nunca vi a minha mae gastar tanto em um unico vestido.

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Alias, onde essa menina e plus size? OI???

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Nanda, acho que todas nós já passamos por isso em algum momento na vida. Eu tenho duas histórias tristes:

Tinha 13 anos e meu sonho era ter uma calça jeans da Zoomp. Naquela época, meninas de 13 anos ainda não tinham como costume usar jeans. Era a época da calça bailarina, legging e tudo mais. Bem, como minha mãe sempre foi muito magra, ela gostava das calças da Zoomp, que tinham um caimento perfeito para ela. Há 14 anos ela comprava na mesma santa loja, com a mesma vendedora. Um belo dia, minha mãe vendo minha agonia, me deu um cheque em branco e disse que eu podia ir à loja comprar a calça que eu quisesse e que eu deveria procurar a Lúcia e dizer que era filha da Cristina Bastos. Ok….lá fui eu. Entrei na loja e fiquei olhando tudo, completamente admirada com aquele universo de jeans à minha frente. Estava absolutamente deslumbrada e eu já sabia que não entraria em qualquer calça, mas eu era muito mais ingênua e achei que ia sair de lá com meu sonho realizado. Perguntei pela Lúcia. Ela veio até mim, me olhou de cima embaixo e perguntou o que eu queria lá, pois “naquela loja não haveria nada que me servisse”. E eu, pequena, bobinha de tudo, virei pra ela e disse: – mas a minha mãe me deu um cheque em branco e disse que era pra eu vir aqui e procurar você que você me ajudaria a encontrar uma calça e que eu poderia comprar a calça que eu quisesse. Ai, obviamente, ela me olhando com uma cara de cocô perguntou quem era minha mãe. Ai eu disse o nome. A cara da mulher foi ao chão e ai ela quis porque quis se retratar, mas eu estava tão magoada que virei pra ela e disse: – não, agora eu não quero mais usar uma calça dessa loja. Vou procurar em outras lojas, mas avisarei a minha mãe que mesmo com um cheque em branco, você não quis vender pra mim. Ai ela ficou desesperada e fez aquele drama todo, mas não adiantou. Contei tudo pra minha mãe que foi à loja e, com muita classe, detonou a vendedora. Depois disso, minha mãe nunca mais comprou na Zoomp.

Outro episódio que passei foi um dia em que fui comprar roupas para uma amiga grávida. Bem, esse você já deve imaginar, né? Obviamente ela queria saber se eu estava grávida e foi aquele constrangimento total. É, Nanda…as lojas ainda têm muito que aprender!

Beijos

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Se eu disser que eu estou chocada com essa historia, estaria mentindo… Para menos.
Eu tenho e repulsa. Repulsa do preconceito. Repulsa da ignorancia. Repulsa de ver que essa mulher so foi “boazinha” quando soubre quem era sua mae e quando descobriu um cheque em branco. NOJO

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Exato. É o mesmo sentimento que tenho. Triste…muito triste!

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Concordo em absoluto! Adorei o post! Bjos

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Moro aqui na Suécia, pais de origem dessa marca H&M e os tamanhos deles já sao grandes normalmente. Eu visto GG mas o M deles entra em mim como uma luva. E sem contar que calcas eu só compro por aqui, já que no Brasil existem poucas opcoes e muitos caras. Aqui o tamanho plus é encontrado facilmente! Beijos e amei o blog!

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