“É só mais uma blusinha”. Um típico pensamento de autossabotagem daquela mulher que já está com o guarda-roupa cheio de peças ainda com etiqueta. Não vê maldade nenhuma em comprar mais umas roupinhas. Nem sempre a mulher enfrentando esse problema – o Transtorno do Comprar Compulsivo (TCC), também chamado de Oniomania -, tem clareza do sentimento de “quero, mas não preciso”.

A necessidade de comprar é maior do que a de racionalizar em relação ao fato de que nem sabe quando irá usar a mais nova peça. Dados repassados pelo portal Guia55 ao Grandes Mulheres indicam que a oniomania é mais comum em mulheres. Ainda, pesquisas apontam que 3% dos brasileiros sofrem dessa compulsão.

E antes de julgar o comportamento de uma mulher nessa situação, saiba que o TCC é um problema de saúde e tem tratamento.

Mas afinal, quando me preocupar com as compras em excesso?

A mulher que sofre de oniomania se comporta diferente da consumista. Enquanto uma pessoa consumista só deseja “aparecer”, uma compradora compulsiva usa o ato de comprar como medicação para seus problemas emocionais. As compras diminuem o sentimento negativo em outra área da vida e essa compensação vira um vício, uma fuga dos atuais problemas.

Por esse motivo, muitas vezes ao chegar em casa as sacolas continuam fechadas por dias ou mesmo semanas. O prazer está no ato de comprar, não na felicidade de ter e usar a peça adquirida. Inclusive, é bastante comum que a pessoa se sinta frustrada e fracassada depois da compra.

Além disso, quem enfrenta o transtorno também tem o hábito de comprar escondido dos familiares, se descontrola financeiramente durante a compra e sente uma espécie abstinência quando fica um longo período sem comprar nada, resultando em uma ansiedade e oscilação de humor.

Se você se identifica com essa situação, ou conhece alguém assim, está na hora de buscar ajuda agora mesmo.

E como funciona o tratamento para a oniomania?

A melhor forma de tratar da oniomania é através de sessões de terapia. O importante é compreender qual razão está desencadeando esse comportamento. Geralmente esse transtorno está relacionado a problemas de autoestima. A partir do diagnóstico, o terapeuta define estratégias para que o paciente possa mudar esse comportamento.

Mas vale lembrar que em algumas situações é preciso acompanhamento de um psiquiatra. O TCC pode desencadear depressão e, por esse motivo, pode ser que o medicamento também seja necessário durante o tratamento. Isso é o próprio terapeuta quem analisa e indica, em caso de necessidade.

Nesse artigo científico sobre esse transtorno, outras alternativas ainda são apontadas como úteis no tratamento. Um deles é a literatura. Livros de autoajuda podem ajudar nesse processo de autoconhecimento e fortalecimento da autoestima. Além disso, um grupo de conversa, conhecido como “Os Devedores Anônimos”, no estilo dos “Alcoólicos Anônimos”, também pode ser bem bacana para o enfrentamento do problema.

Agora é com você, amada. Olhe para si, ou para alguém que está ao seu lado enfrentando esse problema. Busque ajuda o quanto antes. E liberte-se para ser feliz. Estou aqui torcendo para que tudo dê certo. <3

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