Músicas sempre mexeram comigo, mas nesses últimos dias algumas letras andam me trazendo bastante reflexão e hoje vou viajar total na maionese e fazer uma relação muito louca com a nova música da Taylor Swift e a minha vida porque eu fiquei extremamente incomodada com algo que aconteceu esta semana.

Bom, a menina Taylor ganhou a fama de sair com muitos caras e de não segurar nenhum, aí ela vai e faz músicas desabafando sobre as situações e sua vida amorosa é uma piada constante na boca das recalcadas. Eu amo Taylor Swift, acho ela maravilhosa e acho que ninguém tem nada a ver com a vida dela. Se ela sai com vários caras, se não dá certo ou não, não é problema meu e nem seu. Tá, ela paga o preço de estar na boca do povo por ser uma “pessoa pública”, mas nem por isso ela é menos humana e não sofre como a gente. Deve ser ainda pior porque, além de levar toco do cara ou de terminar um relacionamento, ela ainda tem que lidar com a opinião de milhares de pessoas com um coração quebrado.

O que eu tenho a ver com a Taylor Swift?, você deve estar pensando… Bem, desde o início do blog eu tenho escrito muito sobre as minhas tragédias amorosas. Todo mundo que me lê sabe que eu não sou uma pessoa bem sucedida no amor – ao menos não até o momento – e que isso sempre me machucou demais porque sempre fui aquela menina que queria casar, ter filhos, um cachorro e a casa com a cerquinha branca. Por muito tempo eu falava muito sobre o assunto e desabafava pra caramba com as minhas amigas mais próximas: era uma derrota atrás da outra e eu sempre caindo e levantando em busca do “Santo Graal”. Onde estaria meu príncipe encantado? Eu escrevia textos sobre os dito cujos; Taylor escreve músicas que se tornam hits. Bem diferente, mas na essência é a mesma coisa, mas o ponto nem é esse!

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Depois de tanto tomar na cabeça, de tanto quebrar a cara, eu sosseguei. Em meu último mês em Salvador, depois de ter ficado por um tempo longo com um cara sem ter sucesso algum e de ter sido “recusada” pelo cara que foi o grande amor da minha vida, decidi que sexo casual não era mais pra mim; que joguinhos de sedução tampouco e entendi que o que eu queria mesmo era a experiência completa: um cara que viesse inteiro e não pela metade. Isso não acontece assim, do dia pra noite, especialmente porque – para isso acontecer – eu tenho que estar inteira primeiro e eu ainda tenho muitos cacos para colar: feridas não que os caras deixaram, mas que eu e o meu comportamento permitiram que elas se formassem. Entende a diferença?

Nem sempre você pode culpar um cara achando que ele é um canalha que partiu seu coração porque eu tenho aprendido que, na maioria das vezes, mulheres bem resolvidas, seguras e experientes simplesmente não se colocam em situações que a gente se coloca. Elas sabem prever a coisa antes mesmo de acontecer, não aceitam migalhas e caem fora bem antes do cara ameaçar fazer alguma babaquice. Essas mulheres não precisam passar pelo tanto de tranqueira que muitas de nós nos permitimos passar. É muito difícil chegar nesse nível de maturidade, especialmente porque, em nosso caso – se você tem insegurança e baixa autoestima -, a autopiedade acontece com bastante frequência. “É melhor ter uma migalhinha aqui do que nada”. Não, amiga. Não!!!

Eu fiquei com um cara aqui nos Estados Unidos e foi incrível. Ele é lindo, inteligente, bem sucedido e a gente se deu superbem, mas adivinhem? Após alguns encontros ele já soltou que não ia querer nada comigo porque eu era de outro país, era muito longe e pra ele namorar a distância era impossível. Eu simplesmente não liguei, não me importei. Seria incrível se o final fosse diferente? Lógico, mas eu ando tão cética para o amor e tão desencanada de achar alguém depois de acumular tantas feridas que eu liguei o botãozinho do “dane-se” e, depois de receber o “recado”, não o procurei mais. Se fosse antes eu estaria tentando, de todas as maneiras, fazer esse cara gostar de mim. Agora eu simplesmente não me importo.

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Vamos voltar à Taylor Swift? Bom, eu contei essa história do gringo para uma das minhas melhores amigas que falou um monte de abobrinha pra mim dizendo que eu não mudava nunca, que eu só sabia falar de homem, que eu ia me tornar aquela mulher velha, chata e sozinha que ficou encalhada porque os caras farejam que eu quero algo sério há quilômetros e, por isso, eles nem chegam perto. Me senti a Taylor quando ela falou um monte de baboseira pra mim. Sabe por que? Ela não convive mais comigo há mais de um ano, eu não conto mais nem metade do que acontece em minha vida pra ela e eu simplesmente estou de saco cheio de ficar ouvindo gente dar pitaco na minha vida sem saber o que realmente acontece. Eu mudei e muito. Ela pode não acreditar: não me importo. O que vale é o que é real, é o que acontece no dia a dia. Desde de que saí de Salvador não procuro ninguém, não saio pra lugar nenhum, não olho pro lado, não uso nenhum aplicativo de namoro: eu simplesmente desencanei do amor. Se acontecer um dia bacana, se não, não morrerei por isso, mas não procuro mais e nem fico fazendo por onde. Larguei na mão de Deus, sabe?

Me divirto à beça vendo os clipes da Taylor Swift, ouvindo suas músicas rebatendo as críticas sobre sua vida pessoal, os recadinhos pros caras…apenas adoro! Eu não faço música, mas escrevo meus editoriais e eu tô bem de saco cheio de gente que fica falando um monte – tipo essa minha amiga – sem saber o que está acontecendo. Até sei que ela tem boas intenções de falar para tentar me ajudar, mas ela foi bem estúpida e me magoou e eu quero que se lasque porque da minha vida cuido e seu eu. Não sei como são as coisas com você, mas meu conselho é: não se leve tão a sério, não fique ouvindo a tudo o que os outros te dizem e saiba muito bem quais são as suas verdades. Ficar ouvindo a tudo o que os outros dizem nem sempre ajuda: você tem que ouvir mesmo é a sua verdade interior e, para isso, às vezes é preciso se recolher e estar disposta a encarar o que vem de dentro. Pode até doer no início, mas o final será muito melhor e mais bonito!

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Comentários

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12 comments

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Ouço as músicas da Taylor e venho aqui no Grandes Mulheres pelo mesmo motivo: me identifico totalmente. Desde que comecei a prestar atenção nas letras dela, a minha autoaceitação se tornou mais tranquila. Claro que facilita muito você ser magrela, loira de olhos azuis, mas a Taylor Swift também tem seus problemas. Ela é muito alta (eu, com 1,69m bato no ombro dela!) e destrambelhada. Mas ela nunca deixou que isso atrabalhasse seus relacionamentos e, cara, pegou o Jake Gyllenhaal. E o Taylor Lautner, meu sonho de consumo para marido. Então se ela conseguia ser feliz assim, por que eu não seria com a minha bunda grande? Se ela pode ligar o botão do “vá te catar, não pedi tua opinião”, também posso! 🙂

Já os seus posts… me vejo tanto neles. Sonhei tanto com um casamento, um filho/filha, um cachorro, uma casa linda, decoradinha do jeito que eu gosto. Um marido companheiro, que me apoiasse na minha profissão, que tivesse orgulho de mim como eu teria dele. E tudo que ouvi dos únicos dois caras que eu realmente gostei foi “você é como se fosse minha irmã”. A essa altura do campeonato, eu ainda me permito sonhar. Numa proporção bem menor, mas a esperança é a última que morre, né? Mas decidi também que, com marido ou sem marido, o resto eu vou realizar. Por inseminação, adoção, o que for: vou ter meu filho/filha, a minha casa e levar o Jake comigo (porque eu tenho fé que meu cachorro vai viver uns 100 anos!). Vamos ver no que vai dar, né?

Mesmo com esses contratempos, não deixe de acreditar no amor, Paulinha. Deixe de acreditar nos homens. Porque eles sim são um caso complicado, rs.

:*

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Mari, com certeza! Concordo com tudo o que você disse! <3

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Acho que amor verdadeiro é uma coisa que simplesmente acontece, sabe? Um dia ele vem e te “bate na cara”, é uma sensação arrebatadora mesmo. Eu sempre me joguei de cabeça nos relacionamentos e me machuquei na maioria deles. Hoje eu tenho sequelas das minhas decisões ruins, do meu medo de terminar um relacionamento, da minha vontade de acreditar que eu podia ajudar a pessoa a mudar ou ser melhor. Mas não troco essa experiência, sabe? Porque tudo isso me ajudou a identificar o que realmente é importante, o que eu quero pra mim, quem vale a pena de verdade. E, sim, ficar sozinha é bom, não é o fim do mundo e também não significa que é para sempre. Para algumas pessoas, a casa, o marido, os filhos, o cachorro e a cerquinha branca acontecem aos 20. Bom pra elas, fico feliz. Mas para outras isso pode acontecer só aos 50… Dá angústia pensar nisso porque todos nós queremos ser felizes o mais rápido possível, mas sei lá… Acho que amor não tem regra, ele simplesmente acontece quando tiver que acontecer… E adoro a Taylor Swift, aliás… hehehehe

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como eu queria ser sua amiga sabe
vc me ajuda bastante mesmo de longe sabe e eu sou grata por isso
mas queria poder por exemplo assim pegar aquela praia e ficar falando coisas que só amiga de verdade fala
vc é o tipo de pessoa que vale muito conhecer e ter por perto .
continue sempre assim de verdade como vc é
eu te admiro d++++ <3

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Oi Paula! Sempre leio seus posts, mas nunca tive coragem de comentar. Sei como você sentiu quando sua amiga disse essas coisas porque passo pelo mesmo. Todo mundo diz que sou muito seletiva e que vou acabar ficando sozinha, mas não aceito ficar com qualquer coisa só pelo status de que tenho alguém. Todas as minhas amigas – quando digo todas, são todas mesmo – tem um namorado, estão noivas ou casadas e elas me cobram praticamente todo dia quando vou arranjar alguém. Já teve uma que disse que eu espanto os homens por ser inteligente. Então preciso fingir ser quem não sou pra conquistar alguém? Com certeza, não! As pessoas tem que parar de criticar e olhar para sua própria vida. Será que por ter um companheiro, filhos significa que eles são mais felizes que eu? Minha prioridade é minha carreira porque sei que ela nunca vai me deixar na mão. E um cara? Hoje ele está comigo, mas e amanhã? É isso que penso e concordo com tudo que você disse. Dói no início? Dói. Mas sei que o que está me esperando lá na frente vai ser maravilhoso.

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Caramba!!!
Esse é um daqueles textos que eu leio e penso: Oi? Fui em quem escreveu?
Paula, eu passo exatamente pelas mesmas situações que você. Vejo minhas amigas solteiras sempre felizes, pegando um (ou vários) caras maravilhosos e comigo nunca acontece. Por muito tempo achei que tinha algo errado comigo, mas hoje vejo que não, apenas não rolou…
E quanto a Taylor, ela está aí pra mostrar que é mais do que normal se ferrar no amor. Linda, loira, magra, famosa, rica e também não tem sorte. Então, quem sou eu pra reclamar da vida, não é mesmo?!?!?
Vamos torcer pra aparecer o cara certo e se não aparecer… Vamos viver assim mesmo!!!
😉

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Durante muito tempo da minha vida eu vivi procurando pelo cara certo.
Eu não faço mais idéia de quantas noites virei chorando por algum babaca que me dispensou. Me apaixonei por todos os tipos de caras que CERTAMENTE me desprezariam: meu melhor amigo gay (por motivos obvios), o popular, o mais bonito… e por aí foi. Eu sou gorda, sempre fui e por muito tempo acreditei que ninguém nessa vida iria querer namorar comigo e eis que eu larguei de mão e entreguei pra Deus também e em 2010, fui surpreendida. Conheci o cara mais especial, fofo, maravilhoso e começamos a namorar!
Hoje estamos há 4 anos juntos e 8 meses casados ♥ E hoje acredito nisso de “Desencana, que o amor aparece”!
Eu torço super para que você encontre o amor da sua vida, o seu alguém… Um cara que te ame, te aceite como é, te deseje, queira casar, queira filhos e tudo que desejar!!!

Mas, ñ se preocupe em procurar, pq na hora certa ele vem ♥♥♥

Bjss

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Kah, você é uma fofa!

Eu concordo totalmente com você e é por isso que eu desencanei. Estou realmente exercitando o lance de colocar nas mãos de Deus vários aspectos da minha vida e aprender a confiar que Ele irá fazer o melhor por mim. Eu estou super tranquila e de boa desde minha última desilusão amorosa e estou me sentindo feliz. O que tiver que ser, será e virá!

Obrigada pela energia positiva de torcer pela minha felicidade <3

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Paula, fico meio tímida e receosa de tecer comentários ou dar conselhos mas quis deixar aqui algumas palavras. Tenho 35 anos e tive vários relacionamentos, namoros sérios e outros meros passantes na minha vida. Estou num relacionamento sério há um ano e vou me casar no ano q vem. Antes disto, bem antes disto, posso me intitular a rainha dos desamores. Ouvi não uma mas inúmeras vezes discursos e sermoes de amigas e até dos meus irmãos mais novos. Diziam q eu era incorrigível e não largava mao de andar com quem não me valorizada e todos os outros clichês. O ultimo cara mais sério antes do meu noivo foi uma novela, um caos, sofri, achava q amava e ele sendo idiota. Culminou com o maior e pior porre da minha vida no dia que ele me pediu pra agilizar o lado dele com a minha prima. Eu choquei, xinguei, disse q ele não me respeitava e bla bla bla. Geral ficou fazendo igual a sua amiga. No dia seguinte, o xilique passou e eu comecei o caminho de seguir adiante. Nunca guardei rancor, sempre o encarei como um ser confuso. Mantive a cordialidade entre nós e posso dizer até uma certa amizade. Trabalhei pra entender q as minhas piras eram minhas. Na sequencia, conheci o homem da minha vida. E foi inusitado e inesperado. Eu sempre tive o dom pra ficar com os confusos / depressivos / ansiosos e por assim dizer (sem exageros, qdo na gringa, fui num date com um psiquiatra q tinha acabado de receber alta de uma internação por bipolaridade). Morava sozinha no meu proprio apto há um tempao. Viajei sozinha. Ia e vou ao cinema sozinha. E jantar fora e tudo mais. Tinha assumido mesmo um futuro solteira com alguns amores confusos. Mas de repente, num dos 150 chats do tinder, estava o amor da minha vida. Soube sem saber no primeiro encontro que era ele. E foi tudo fácil. Tem sido lindo. Humildemente, conto a minha história para reafirmar o clichê que “o que é para ser,será”. E me permito dar um conselho, viva todas as relaçoes furadas e confusas que aparecerem, não há nada pior na vida que se fechar. A esta altura, tenho certeza q vc já sabe que sofrer por amor não mata.
ps: Já q estou comentando, quero elogiar teu blog. Sou plus size e venho assumindo isto graças a blogueiras como vc. Levei 35 anos para ter coragem de dizer q sou plus size sem querer morrer.
ps2: O tal moço confuso q queria conhecer minha prima revelou que sempre gostou de mim e ta feliz por eu ter encontrado o amor. Somos amigos!

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Ana, você deveria comentar mais vezes! rs

Adorei ler o que você escreveu e essa troca que eu tenho com vocês é que me ajuda a amadurecer, pois sabendo um pouco do que se passa com vocês, eu também aprendo. Fiquei feliz demais em saber que você conseguiu encontrar seu amor verdadeiro e que os desamores te ajudaram a chegar lá. Eu penso a mesma coisa: tudo é aprendizado e nos leva para um degrau acima. Hoje eu fico tranquila porque penso como você: o que tiver que ser, será e o que é meu ninguém tasca. Eu estou aprendendo a realmente colocar as coisas na mão de Deus e confiar, sabe? Esse exercício está sendo interessante e difícil, mas também libertador.

Fico muito feliz em saber que você vem se assumindo com a ajuda dos blogs! Essa é minha maior recompensa. Espero que eu possa te ajudar sempre mais e mais!

Um beijo enorme

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Ai Paula… Não vou nem te dar conselhos, você prova a cada dia que precisa menos deles! Só vou te dizer uma coisa: Você está coberta de razão! Acompanho seu blog a tanto tempo que nem lembro quando comecei , e além dos seus desabafos que já me fizeram chorar tantas vezes por eu me encontrar neles, eu vejo alguém que está em um processo de evolução constante, você está sim mudando e amadurecendo, e levando eu e com certeza muuuuitas outras junto com você. Adoro as músicas da Taylor Swift e admiro muito ela, pelo mesmo motivo que admiro você: Vocês tão aí na luta, sofrendo e se reerguendo e compartilhando conosco, e isso nos ajuda e muito. Perdi as contas de quantas vezes em um momento difícil eu vim aqui e cliquei na tag “comportamento” ao invés de pedir ajuda a alguma amiga, porque nenhuma delas sabe como é passar pelo que eu passei, pelo que eu passo, mas você sabe. Então Paula, apenas continue, continue seguindo seu coração e se amando, mas quando a dorzinha apertar e você precisar desabafar, estamos aqui. 🙂

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Jessica,

Meu coração se encheu de alegria e ternura lendo suas palavras. Muito obrigada por me escrever tudo isso. Essa troca que tenho com vocês é muito rica e me ajuda muito a amadurecer. Você nem imagina como eu fico feliz em saber que meus textos de comportamento conseguem te ajudar… isso é bom demais!

Um beijo enorme

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