Aqui venho eu, mais uma vez expor a ferida para vocês. Acho que criamos um espaço de ajuda mútua e compreensão e, se partilho coisas muito minhas para vocês, saibam que é porque espero que a minha experiência sirva para ajudá-las de alguma forma, assim como quando escrevo e recebo o feedback de vocês. É aquele carinho, é a troca de experiências que nutre a alma e faz o coração ficar mais leve.
O último texto que escrevi para o editorial do GM mexeu com muita gente. Digamos que este é uma continuação do assunto que já havia começado no outro e aqui, de uma vez por todas, vocês entenderão como a gente precisa se curar de uma baixa autoestima para que coisas muito piores não aconteçam conosco.
No texto anterior, cito que o problema da solteirice não está na aparência e sim em nosso comportamento. Muitas de nós, grandes mulheres, achamos que qualquer outra pessoa tem mais valor do que nós e quando um homem demonstra interesse, frequentemente agimos como se ele estivesse nos fazendo um favor. Eu tive esse sentimento desde que me conheço por gente, mas os últimos acontecimentos me fizeram enxergar que há gente muito mais doente por ai do que possamos imaginar.
Verdadeiramente, nunca me doei tanto por uma pessoa como desta vez. A circunstância era muito diferente e já absurdamente complicada desde o começo, mas a minha enorme capacidade de amar e de querer ajudá-lo em um momento tão difícil fizeram com que eu simplesmente deixasse de lado todos os problemas apenas para amá-lo. E amei. Amei muito.
Eu estava ali, presente para qualquer bomba que fosse. Me coloquei à total disposição. Fiz papel de amiga, de mulher, de mãe e ele nunca conseguiu entender que eu não cobrava nada. Eu não queria um relacionamento, pois sabia que isso estava fora de cogitação desde o começo. Eu queria viver a história, viver o momento e por mais que eu o amasse, seguia vivendo minha vida, conhecendo outras pessoas e tendo outras relações porque eu sabia que eu e ele nunca seríamos nós. Eu vivi do farelo da migalha por um bom tempo, pois nem mesmo da migalha eu era merecedora.
Sábado tive um dos piores dias da minha vida. De verdade, e com toda a sinceridade do mundo, a dor que senti só perdeu para a dor de quando alguém que eu amava morreu. Fui tomada por um desespero que fazia cada célula do meu corpo doer e dava vontade de urrar de dor. Pegar o cara que você ama, pela segunda vez, no mesmo santo lugar, beijando outra na sua frente foi demais para mim. Doeu tanto que, quando vi, desmaiei. Eu não conseguia acreditar que, novamente, ele repetia a mesma cena que da primeira vez me deixou com graves sequelas emocionais. E eu relevei a primeira vez. Passei por cima e continuei sendo amiga porque achava que ele não teria a capacidade de fazer isso comigo novamente.
E ai que você deve estar se perguntando qual é a relação. A gente teve algo por um tempo e depois ficamos na amizade, por sinal bastante íntima, que eu julgava ser suficiente para que ele me poupasse, pois ele sempre teve noção do tamanho do meu sentimento. Éramos muito próximos e depois da primeira tragédia, eu não achava que ele teria coragem de expor meus sentimentos novamente. Engano meu. Ele nunca teve a menor consideração por mim, pois no dia seguinte, além de tudo o que já havia ocorrido, descobri que ele estava dando em cima descaradamente de uma de minhas amigas. Homem é tão burro que nem conhece o protocolo feminino. E quando eu soube, não fiquei surpresa. Senti dó por pensar que ele precisa “passar o rodo” para sentir que tem algum valor, que é alguém.
Tudo se resume a um ponto: RESPEITO E CONSIDERAÇÃO.
Foi isso que eu queria que ele tivesse tido por mim, pois sentimento ele não tem por ninguém. A única coisa que ele consegue fazer é amar a si mesmo e se vangloriar por hoje ocupar uma posição de destaque. Se tem algo que posso aprender com ele é como se colocar em primeiro lugar e me tornar uma pessoa completamente egocêntrica, pois isso é o que ele sabe fazer de melhor. Assim como eu, há uma lista de trouxas que caíram na conversa dele e muitas ainda irão cair. O cara precisa de atenção constante e de alguém para reafirmá-lo, fazê-lo sentir que ele é alguém, pois no fundo, nem ele mesmo acredita que ele tem algum valor. Triste. Agora o vejo como um saco vazio que nem a capacidade de amar verdadeiramente tem e sabe o que mais? Ele sequer sabe receber amor.
O intuito em partilhar isso com vocês não é pedir piedade e muito menos fazer o papel da coitada. Eu tenho é muita culpa de deixar que a situação chegasse ao ponto que chegou. Eu ajudei a criar um monstro; eu deixei com que ele me usasse porque estava sempre disponível, sempre sentada ali, esperando o farelo da migalha dizendo que aquilo era suficiente. Quando ele estava mal ou algo de ruim acontecia, a quem ele procurava? Quantas vezes ele fez chantagem emocional comigo usando o problema dele como alavanca? Eu caí toda vez porque me permitia sofrer. A minha doação a ele nunca teve limite, tanto que era capaz de enfrentar tudo e todos para defendê-lo e ajudá-lo. Eu não conseguia não dar atenção, carinho e colo. Eu pensava que eu era maior que isso e que não ajudá-lo era ser cruel com quem precisava de mim. Ele nunca precisou e eu demorei muito para perceber isso.
Essa partilha bem íntima que acabo fazer com vocês serve para que os nossos olhos sejam abertos. Somos dignas de amor e respeito como qualquer outra mulher. Minha mãe disse algo que é a mais pura verdade e quero compartilhar essa máxima da sabedoria com vocês: “a situação chegou a este ponto porque você não tem autoestima. Se tivesse, jamais teria permitido que ele fizesse tudo isso com você. Nunca mais coloque outra pessoa em primeiro lugar. Você tem que saber o valor que você tem e não é qualquer um que é digno de receber o melhor que você tem a oferecer”. Palavras de mãe a gente ouve.
Eu ainda estou passando pelos meus próprios escombros. Não sei como e nem quando irei me recuperar, pois estou bem machucada. O que eu sei é que ele estragou muita coisa para mim. Não acredito mais no casamento, nem na fidelidade e a imagem que tenho dos homens está bastante reforçada no negativo. Vai demorar um bom tempo para que eu deixe que outra pessoa chegue perto de mim novamente, mas prometi a mim mesma que nunca mais me alimentarei de farelos e nem de migalhas. Agora só me doarei quando puder sentar à mesa e comer o banquete todo. Ninguém vive de miséria – muito menos nós, fofuchas! Hahahaha…vamos rir um pouco, né, gente?!
Muitas de vocês já passaram por situação semelhante. Me lembro de vários comentários e nem digo de pegar o cara amado com outra: digo de não ter autoestima para dar um basta em situações assim. Nós somos tão dignas de receber amor, cuidado e carinho como qualquer outra mulher. Um corpo não é fator decisivo para o deslanche de sua vida amorosa e sim o seu comportamento, que começa consigo mesma. Nossas atitudes é que ditam o nosso caminho e não devemos optar em trilhar o da miséria. Não é uma questão de aparência, é saber qual é o seu valor, quem é você e o que você quer para sua vida.
NÃO CEDA POR MIGALHAS. SIMPLESMENTE NÃO CEDA. Saiba quem você é e saiba fazer escolhas baseadas naquilo que você verdadeiramente merece. Como diz minha amiga @liviafigueiredo, tudo na vida é uma questão de escolha. Eu finalmente decidi me colocar em primeiro lugar e não vou mais me martirizar se não for a escolhida de alguém porque eu me escolho. Quero ser minha melhor amiga, minha melhor companhia. Nascemos sozinhos e vamos morrer sozinhos. Projetar nossa felicidade em cima do outro é um dos maiores erros que podemos cometer.
E você, minha amiga? Já passou por uma situação similar? Já colocou alguém em um pedestal e teve seu coração esbugalhado por não ter autoestima para enxergar seu próprio valor? Gostaria de ouvir o que vocês têm a dizer! Deixe seu comentário!
22 comments
Vívian Freitas
Se já passei por isso? Várias vezes… e a Lívia está certa. Tudo questão de escolhas. Nós escolhemos estar em determinada situação.
E sabe, Tem gente que merece a desgraça que tem na vida. Aqui se faz, aqui se paga. (essa vai pro fulano.)
Beijos
Vicky
Desde que a gente se conheceu, a gente já teve inúmeras conversas sobre isso. Eu acredito muito na coisa do “há males que vem para bem”. Vai doer agora, mais uma semana, seja lá o tempo que for, mas uma hora vai passar, e acredite: vai te fazer bem. Talvez se n fosse por esta situação, você não saberia a importância de se colocar em primeiro lugar n só no amor, mas em todos aspectos da sua vida.
=*
Paula Bastos
“Marcos”, obrigada. Agora, com seu outro comentário, consegui entender. Achei melhor moderar o outro porque você sabe, né….pode gerar ainda mais polêmica. Mesmo não sabendo quem é você, agradeço as palavras de coração e sinto muito que você tenha presenciado a cena. Se quiser me contar quem é, um dia, sou toda ouvidos! Bjos
Lud
Eu já vivi uma história muito parecida com alguns agravantes que eu infelizmente ainda não tenho condições de partilhar. Hoje namoro um rapaz que move mundo por mim, passa noite na rodoviária, viaja 17h seguindas tudo para me ver e sabe eu penso assim: está fazendo o que tem que ser, é obrigação, porque eu mereço isso! Eu mereço alguém que se sacrifique por mim! Nem eu, nem você e nem ninguém merece ser tratada com indiferença! Hoje eu e o meu antigo amor/inimigo somos amigos, ele me pediu desculpas e disse q ninguém gostou dele como eu, mas hoje eu não quero sofrer mais, porque estar com ele é sofrer. Ele também namora outra pessoa e me procura quando tem problemas pq ninguém conhece ele como eu, eu conheço o melhor e o pior dele e isso não é legal.
Paula Bastos
É, Lud, eu sempre fiz esse papel de ser tratada feito um trapo e depois, procurada porque o cara se dava conta de que ninguém o tratava da forma como eu fazia. Eu tenho muito, muito para oferecer e não é qualquer um que sabe receber isso e depois de tanto quebrar a cara, vou de fato selecionar melhor os homens com quem poderia me relacionar. Obrigada pelo carinho e por partilhar sua história! Bjos!
Dona Farta
Sabe quando você vai lendo e às lágrimas vão escorrendo?
Eu não teria me expressado melhor, e sei EXATAMENTE o que você está sentindo, Paulinha….
Pior do que a sensação de fracasso é a sensação de ter dado o Seu melhor a alguém que não sabe receber o Seu melhor, a alguém que não sabe receber amor…
Dói demais, e eu fico feliz por saber que você já está conseguindo encontrar o caminho pra lidar com isso… Que eu também descubra logo, porque tá difícil demais!!!
Beijos, e Obrigada pelo texto tão verdadeiro!
Georgia Maria
Paula, bem vinda ao mundo real. A vida é assim mesmo. Quanto mais você abaixa, mas mostra a bunda, dizia minha mãe.
Temos que saber como nos doamos aos outros. Ou vc faz sem esperar nada em troca ou faz por algum motivo. Vc tinha seu motivo, vc o queria perto. Infelizmente, vc não se deu o respeito a si mesmo suficiente, por isso ele te usou, vc deixou.
A gente aprende pastando, é a vida. É que chega uma idade que as coisas parecem mais desesperadoras, mas calma, as coisas estão acontecendo mais tarde na vida das pessoas. E a gente acha que por ser mais velha, é mais vivida. É nada!
Aprende que mostrar amor não é bancar a mãe, nem empregada, nem a puta. Amor se demonstra no olhar e em simples cuidados. Amar não é se humilhar, é bancar a desesperada.
Levanta, sacode a poeira, abaixa a saia e não mostre mais a bunda…rssss
Georgia Maria
Paula, essa coisa de “ele voltou porque ninguém o tratava como eu”, é óbvio! Todo mundo quer alguém que faça tudo pela gente. Se dê valor!
CCX
Quando solteira aprendi a ter um radar anti-cafajeste. Amiga você está precisando um para você urgente. Pelo que escrevestes, sinto dizer, mas parece que estava na cara que o cara não prestava, mas você foi tentando, tentando. Tentar não adianta. Quem não presta, não presta. E ponto.
Sara
Eu não cheguei a passar por isso na pele talvez por ter me fechado ao ver o exemplo dessa situação em casa… (meus pais), tipo.. já não confio em homens começando do primeiro exemplo masculino, dai tenho amigos que me contam todas barbaridades que fazem com as companheiras e tipo, se eu falo alguma coisa vira piada então, uso como experiência.
Prefiro continuar com meu escudo de proteção até encontrar alguém que realmente me faça tirar ele… ou não.
Tudo passa e o que não te mata te torna forte.
@enterplayer
Paulinha concordo com tudo que as garotas disseram, vc esolheu isso, se colocou nessa situação, talvez por medo de perder alguém que te tenha encantado, porém o histórico dessa pessoa, ja vinha com este item no currículo, talvez vc nao tenha percebido, ja passei por isso, te entendo, mas agora é bola para frente, viver e conhecer mais do valor de si mesma, pois neste caso, vc supervalorizou alguem e virou escrava deste sentimento. O amor próprio evita isso, se ame porque vc é linda do jeito que é, pois essa é a Paula, gostem ou não.
Carol (@kakah)
Paulinha, já passei por situação parecida e a lição que eu tirei é que você sustentar seu individualismo não é ruim, pelo contrário, te ajuda a encontrar uma pessoa que vai te amar até de manhã, que vai te aturar até na TPM e que te dá valor… E mesmo que essa pessoa demore a aparecer ou não apareça, ela só vai se aproximar de você quando VOCÊ estiver 100% – porque ficar no 50%/50% não é legal, o legal é juntar logo 200% de felicidade, sabe?
Dá tempo ao tempo, SE AMA MUITO e seja feliz por você ser a pessoa maravilhosa que você é! 😀
Sussu
Não queria te ver triste, mas fico feliz em ver que chegou o momento da escolha e você optou por VOCÊ!
Agora é olhar mais para vc, viver a SUA vida e aos poucos vc irá esquecer tudo que aconteceu.
Vai doer, doer muito, mas o tempo cura e quando menos esperar já estará pronta para outra!
Aguenta firme, você é forte e tem muitos amigos para contar!
Beijos Sussu
Nome* Marcela Elizabeth
Que isso, Paula? Por mais que a gente se decepcione com as pessoas, não podemos esquecer da nossa essência, de quem somos. E vc é Paula Bastos, a jornalista cheia de garra que nos enche de orgulho. Acredite em vc, acredite no amor, acredite que existe gente muito bacana neste mundo, apenas, não aconteceu ainda pra vc, mas não deixe de acreditar em coisas tão lindas e importantes, elas existem e logo vai chegar pra vc. Não se feche pra isso por causa de um idiota qualquer.
Beijos
Nome*Tamara
Vamos por partes…
Paula, eu te disse que não tinha entendido, li, reli, li o anterior, e voltei para colocar as indagações e contribuições que sobraram.
Você diz que percebeu agora que o problema da sua solteirice é o comportamento, mais do que o peso. Eu vou me colocar aqui como uma pessoa que teve a maior parte da vida um problema de personalidade.
Eu cresci uma gordinha com boa autoestima, mas na adolescência percebi que os meninos de quem eu gostava não queriam ficar comigo, mas também não queriam ficar com as minhas amigas (magras, algumas magérrimas, mas todas fora dos padrões, ou pouco se lixando pros padrões), por isso não achei que tivesse a ver com meu peso, mas com a minha personalidade, ou com a personalidade deles.
O que ocorria é que os caras bacanas, os caras que eram meus amigos (eu sempre tive mais amigos homens), parceiros de aventuras e idéias queriam ficar com as patricinhas, não se importando com o conteúdo.
Como eu realmente gostava deles (e gosto, muitos continuam meus amigos) eu achei que não fazia bem a eles que eu ficasse demonstrando que queria ser qualquer coisa além de amiga, que isso era uma forma de expô-los de forma negativa, então eu simplesmente me recolhi, essa é a questão de comportamento, é a diferença entre se expor e se colocar na defensiva. Seja lá por qual motivo muitas pessoas se colocam na defensiva, e isso determina como agimos quando o outro demonstra interesse, bem como a forma como nós demonstramos ou não estar a fim de alguém.
E as vezes simplesmente não sabemos demonstrar o interesse, a parte ruim é que como eu não demonstrava não aprendi, só aprendi com 24 anos, uma amiga me ensinou e funcionou, passou a funcionar várias vezes!
Ou seja, isso teve repercussões negativas na minha vida e na minha autoestima, mas vamos falar das positivas. Eu aprendi a pensar no que o outro quer. E o que eu não entendo da sua fala é que não fica claro se você sabia que não daria certo entre vocês porque ele não queria, ou porque ele tem um problema (ok! que você não queira contar o problema) – porque se é por uma das pessoas não querer, você simplesmente não tem porque sofrer, tem é que respeitar o desejo do outro.
E o que a gente quer? O que cada um quer? Por que a gente se coloca em situações ruins?
Eu vejo muito na sua fala que você gosta de agradar, eu também gosto, cuido de todo mundo, sou a mãezona dos amigos, mas isso não pode virar exploração. A gente tem que saber a diferença entre o nosso próprio prazer em cuidar dos entes queridos e a exploração, e tem ainda o prazer de sentir que outro precisa de você…
Eu cheguei a ter um perfil no Par Perfeito que questionava com todas as palavras “Qual o valor de uma mulher culta e prendada na metrópole contemporânea?” – eu realmente acho que existem poucos homens no mundo que querem a gente e que querem o que a gente quer, e encontra-los é uma questão de probabilidades que precisaríamos de um estatístico pra contabilizar, mas chuto que seja baixo.
Não gosto desse papo de falar “os homens são isso, os homens são aquilo – as mulheres são isso, as mulheres são aquilo”. Paula, você está machucada, tome seu tempo para se recompor, mas tente não ter uma imagem dos homens, o gênero não determina como a pessoa é.
O meu primeiro, atual e único namorado me ensinou muita coisa – eu fiquei com ele um ano e meio estando apaixonada por outra pessoa e por isso sem querer namorar. Um dia eu percebi que outro estava sempre na defensiva, como eu, e que o cara que me ama fazia tudo por mim, mesmo eu ficando na defensiva, e simplesmente resolvi que eu merecia essa pessoa que está disposta a se entregar sem se preocupar com as consequências. Assumi ficar com ele, namorar, aprendi a me entregar e aprendi a ama-lo pela pessoa linda que ele é.
Tem mais uma coisa que eu queria te dizer, mesmo você sabendo quais seus problemas, se você cai sempre no mesmo padrão, pode simplesmente não saber ser/agir/pensar de outro jeito e precisar de um profissional que veja de fora.
Paula Bastos
Tamara,
Para que você entendesse determinadas coisas, eu teria que entrar em muitos outros detalhes que não convém porque eu estaria me expondo ainda mais e pior – o expondo, coisa que não me compete fazer. É realmente uma situação bem complicada e parece coisa de filme, mas enfim…
Agradeço suas palavras e você tem razão em muita coisa que diz, por isso mesmo comecei terapia recentemente, pois preciso me curar de muita coisa que me afetou e me fez ter esse comportamento de dar um valor exagerado à pessoas que não merecem. Eu já melhorei muito em termos de autoestima, mas ainda tenho um longo caminho a percorrer. O legal é que hoje consigo ver minha evolução e fico feliz em ver o tanto que cresci, aprendi e melhorei em um ano, por exemplo. A vida é isso….é esse aprendizado diário.
Depois de ter escrito esse texto e de ter lido tantos comentários de amigos aqui e nas outras redes sociais, estou me sentindo bem melhor e mais aliviada e para mim o mais importante é que estou sentindo que esta página está sendo virada!
Obrigada pelo comentário! Beijos!
O Motorista
Bom,
Semana passada resolvi começar a viver as coisas da maneira que era melhor para o meu coração machucado, dando preferência a uma vida muito diferente do meu sonho de vida. Hum, moças gordinhas sofrem sim, por isso pelo fato de homens sem caráter algum lhe fazer mal e sim eles fazem de verdade. Como tinha dito no post passado, pessoas malvadas fazem mal e mudam e estragam pessoas dignas e de coração por estragar, afinal, o pior mal que uma pessoa pode fazer é tornar uma pessoa digna em uma que não quer o caminho digno e do coração.
Mas lembre-se: os homens são canalhas sim! A grande parte é sim, afinal, esse mundo de merda que vivemos diz que amar e cuidar é ruim. O homem macho é o cara que tem várias mulheres, esse é o garanhão, pois é.
Mas e quando não é, já pensaram isso? Tá bom, eu vou explicar para vocês o que acontece com o homem de verdade: o que vive pelo seu coração, sofre.
Amei uma moça gordinha, cuidei dela, a protegi dela mesma e das coisas que ela procurava para si por ser como ela era, mas ela queria me sugar no meu amor e carinho. Larguei tudo que tinha e mergulhei para cuidar dela e sabe o que depois de quase 3 anos você descobre? Que a pessoa apenas lhe enganava, que saia com meio mundo escondida, e nesse momento você se afasta e fica longe, mas a pessoa faz questão de lhe chamar às vezes e faz você lhe dar o amor que nunca mais vai encontrar em lugar nenhum e nesse momento você percebe que quando vai a procura de amor nada mais é ou se torna do que um PA.
Há sim quando se torna isso perde todo o seu valor, como pessoa para o que você realmente tem de ser, homem de verdade e então descobre que como diz a musica dos Beatles passa a ser apenas uma parte do homem que costumava ser, e ai um dia a dor é tão grande que você tenta dizer basta…!!! Você grita chora esperneia, e pensa eu sou mais forte que isso, mas não é.
Então cai de novo, a pessoa lhe chama e novamente você se engana lá esta de novo apenas para dormir abraçado de novo proteger de novo o que deveria ser seu coração em paz, mas quando vem a manhã e a pessoa nem olha em seus olhos, e então você se sente barato e sujo, e vai embora e então com o tempo você aprende que não deve fazer isso não por que a pessoa não presta mas sim por que o seu amor não merece isso. E ai você aprende pelo seu amor, ser digno e não se entregar mais a quem não merece. E então vai embora disso… Assim…
http://www.youtube.com/watch?v=AkvOYnmPkYE
Sábado eu disse para ela quando fez o draminha do vem me trazer remédio e você junto, a seguinte frase, “Olha você não merece o meu cuidado nem nada que venha de mim, liga pra qualquer PA seu, e me esquece por que eu mereço é muito mais que isso.” E quer saber estou de cabeça erguida e pronto para viver o que eu mereço, o que meu amor merece, para pessoa que realmente merece, sim assim…!!! Gente bandida tem de ouvir isso aqui…!!!
http://www.youtube.com/watch?v=kbNCPtZpGm8
Alias você tem de mandar essa música para as pessoas bandidas:
http://www.youtube.com/watch?v=jmuc32AKEJ4
Mas é isso, vá procurar amor de verdade de quem o merece e vai ser a pessoa que vai lhe fazer feliz, não se feche viva e siga em frente, esse é o meu conselho, porque é só um momento na vida que vai passar, e quando passar, se você procurar e plantar o amor ele vai te fazer feliz, escolha em que barco não entrar e seja feliz, afinal todos se machucam mas depois de descobrir o que faz mal é só evitar e procurar o que faz bem e feliz.
Faça assim olha:
http://www.youtube.com/watch?v=1BRneJSFZjc
Siga em frente seja feliz você merece…
Lu VC
Paulitcha
A gente nem se conhece direito mas me dá mto a impressão q a gente tem um afinidade grande. Até pq acho que somos bem parecidas em alguns aspectos…
Pessoas cuidadoras tem a mania de se colocar em 2o plano, de se considerarem menos dignas de atenção, de colo, de td e por isso se contentam com pouco. E a culpa é toda nossa. Digo nossa pq sempre fui assim tb. Há uns 3 anos tb tive meu momento “tapa na cara” e percebi q tinha q mudar um monte de coisas na minha vida. Não foi fácil (ainda não é fácil) pq ser desse jeito é tipo um vício. Dá mto trabalho mas SÓ depende da gente!
Infelizmente o mundo tá cheio de gente que é igualzinha ou pior q esse cara e, pode ser que um tipo desses cruze a sua vida em algum momento, daí só depende de vc lembrar da Paula. Lembrar que ela merece SIM coisa mto MELHOR.
Querida, cuide de vc tb! Não só dos outros… 😀
Bjoss
Paula Bastos
Amei, Lu! Você realmente sempre muito “cuidadora” e carinhosa. É na Paula que tenho pensado, pois pra mim ele morreu. Chega!
Um enorme beijo e obrigada por tudo!
Nome*melissa
Oi Paula, conheci o site hoje e fiquei até arrepiada ao ler esse texto. Passei por coisa muito parecida, demorei muito ( anos) pra conseguir me livrar da dependencia das migalhas e ainda hoje, por baixa auto estima, por pensar que ninguém vai me amar, tenho uns impulsos de recair e procurá-lo ( mesmo sendo uma semi-relacionamento que só me faz mal)
dá um certo conforto ver pessoas que passaram pelo mesmo, tentando mudar esse padrão de comportamento. dá uma esperancinha de que eu consiga também e que encontre alguém bem legal 🙂
Paula Bastos
Melissa,
Bem-vinda ao GM! Espero que retorne mais vezes! Sim, é muito difícil e eu, semanas após o ocorrido, tenho dificuldades em me desprender totalmente dele. Não é mesmo fácil, mas precisamos aprender a nos colocar em primeiro lugar, a nos amarmos. Conte comigo, se eu puder ajudar de alguma forma.
Um grande beijo!
Paula
nem
Não, nunca. Nunca passei por algo assim. Mesmo porque adoro ser solteira: andar sozinha, viajar sozinha, divagar sozinha, criar sozinha. Amo muito tudo isso. E gente só faz atrapalhar quando se é verdadeiramente independente.