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"Ansiedade": pintura expressionista de Edvard Munch

Pernas inquietas, unhas roídas e aperto no peito. Estas são as características mais evidentes da ansiedade. Mas são sintomas de um distúrbio ou um conjunto de sensações que de vez em quando pode surgir nas pessoas?

A psicóloga Denise Dourado explica que “muitas vezes estamos diante de situações que provocam ansiedade, entretanto, algumas pessoas apresentam ansiedade sem motivo aparente, ou com uma intensidade maior que o esperado para a situação”.

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As exigências contemporâneas são o grande mal para a ansiedade, já que ser um indivíduo ágil e com capacidade de exercer muitas funções é a pedida do mercado. Denise ressalta que a competitividade, o consumismo, o desgaste diário, a mídia ditando padrões e regras, a busca exagerada de uma ‘felicidade’, influenciam muito nos transtornos ansiosos. “O que importa é estar de acordo com as exigências e deixar a qualidade de vida para depois.”

A ansiedade patológica é a fonte para muitos outros transtornos psicológicos, como o Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC) e a depressão. Segundo dados da psicóloga, as mulheres são as que mais sofrem de ansiedade, são aproximadamente oito mulheres para cada dois homens. A faixa etária gira em torno dos 20 aos 55 anos e, na maioria das vezes, as mulheres apresentam dificuldades de relacionamento afetivo, não têm profissão estável e ainda sentem dificuldade de expressar sentimentos.

Letícia Ginak é  jornalista formada pela Universidade Estadual Paulista. A matéria faz parte de um suplemento sobre doenças da contemporaneidade.

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