Três filmes para você se sentir bem com seu corpo

Sabemos que boa parte da mídia, e principalmente os filmes, espalham a mensagem subliminar de que ser pele e osso é o ideal de beleza. E que este ideal pode (e deve) ser alcançado por qualquer  ser humano que deseje uma felicidade plena. Até que ponto esse estereótipo largamente disseminado pelas grandes massas é capaz de formar uma mentalidade preconceituosa e muito longe da realidade?

Muitos vêm associando erroneamente magreza à saúde, mas será que todos os problemas de peso acarretam realmente problemas cardíacos, de pressão alta, diabetes e outras tantas doenças comumente relacionadas? Pessoas magras não sofrem infarto? Todas as pessoas acima do peso se alimentam mal e não fazem exercícios regularmente?  Uma verdadeira generalização da generalização.

O que é claramente uma questão de biótipo genético (ou de fenótipo, como quiserem chamar) vem sendo utilizado como uma forma de desculpa para difundir uma crença, muitas vezes irreais, de que ser magro resolve todos os problemas de saúde, físicos, sociais e mentais.

No entanto, nem sempre tudo está perdido, e às vezes surgem bons filmes com boas mensagens relacionadas ao bem estar social.  Então se prepare para assistir três filmes que farão você se sentir bem com o seu corpo, independente da crença exagerada de que ser magro vai resolver todos os seus problemas e te fazer feliz. Pegue um balde de pipoca livre de culpa e se divirta!

1. O Diário de Bridget Jones (The Bridget Jones Diary – 2001)

A adaptação do best seller de Helen Fielding retrata o drama das mulheres no mundo moderno. Como podemos nos sentir bem com nosso corpo enquanto a mídia exalta a perfeição da magreza exagerada? Bridget é uma balzaquiana super atrapalhada que tenta encontrar, em meio a dietas malucas que nunca funcionam, a verdadeira felicidade –   seja profissional ou amorosa –  provando ao final que não são os quilinhos a mais ou os pneuzinhos na barriga que determinaram sua felicidade em longo prazo. Você é responsável pela forma que encara o mundo, e se você se sentir feliz consigo mesma já estará há um passo da felicidade, e quem saiba de quebra não encontre um Mark Darcy para você?

2. O Amor é Cego (Shallow Hal – 2001)

Hal é um cara que só se interessa por mulheres que considera perfeitas, mesmo que ele não tenha um físico invejável ou elas não tenham nada na cabeça.  Ao encontrar um guru de autoajuda, isso se modifica completamente e ele passa ver as pessoas pelo que elas são “interiormente”. Sendo assim, se apaixona por Rosemary à primeira vista, só que ao descobrir que sua deusa não é tão bonita assim, ele terá que mudar todos os seus padrões distorcidos da realidade.  O Amor é Cego é uma verdadeira parábola sobre os padrões estéticos atuais que denigrem o ser humano pelo que ele é fisicamente, e não pela forma que pensa ou age.  Poucos filmes são capazes de analisar uma questão tão profunda de uma forma tão leve e divertida.  Formação de valores reais e sem preconceito com diversão garantida.

3. Hairspray – Em Busca da Fama (Hairspray – 2007)

Hairspray, o aclamado musical da Broadway volta às telinhas do cinema, desta vez com um elenco de gigantes como: John Travolta, Michelle Pfeiffer, Christopher Walken, Zac Efron e outros.

A história se passa nos anos 60,  no auge da brilhantina, e  ser um dos dançarinos do programa “The Corny Collins Show” é tudo que um adolescente gostaria que lhe acontecesse. Tracy, uma fofinha que sabe mexer o esqueleto, faz um teste para participar do programa e é aprovada.  Ao  se tornar um sucesso da atração e despertar  o interesse do Link, o garoto mais lindo do pedaço,  ela  também desperta a ira de Amber,  a loirinha perfeita, que faz questão de não deixar isso barato.

Hairspray é outro filme repleto de bons exemplos que não se restringem aos estereótipos corporais, passando também pelo preconceito racial na sociedade americana.  O ponto alto do filme é a personagem Edna –  interpretada por John Travolta –  a mãe de Tracy tem vergonha de sair de casa por causa do excesso de peso.  Além  do enredo fantástico, é simplesmente  impossível não entrar no clima das musicas prá lá de divertidas.

Porque afinal, se sentir bem consigo mesma é o primeiro passo para mudar não  apenas estereótipos mas o caminho para encontrar sua própria felicidade.

Comentários