O homem se esqueceu de olhar o céu. Ele não observa mais as estrelas, as estações do ano e os ciclos de força vital não interferem mais tão diretamente no seu dia a dia; e às vezes ele nem mesmo ergue a cabeça onde está para olhar o horizonte.

Com o passar do tempo a humanidade foi olhando cada vez mais para o particular e se desconectou do geral, do universal. A antiga linguagem dos astros é hoje um dos poucos caminhos que se pode seguir para re-sintonizar as Forças do universo na vida.

Como disse o mestre Charles Harvey:

Muito do verdadeiro mistério e magia da Astrologia, e muito de sua mais importante mensagem para a humanidade, está em seu poder de nos abrir e de nos sensibilizar todos os dias, a cada momento, para as “energias” crescentes e os “pontos de poder” dos ciclos da criação.

É bom notar que o astrólogo não acredita que um planeta “lá longe” FAZ qualquer coisa aqui na terra. As posições dos planetas e outros pontos astronômicos no “céu astrológico” (levemente diferente do céu astronômico) são indicadores visíveis (e com trajetória previsível) de uma realidade maior. Nela, a humanidade está submersa junto a esses indicadores, portanto sabendo para onde o fluxo faz forças maiores, também saberemos que onda a humanidade tem de surfar.

A Astrologia se construiu através de uma linguagem de símbolos universais, e ao estudá-la o astrólogo aprende a ler o significado destes símbolos em várias dimensões diferentes: física, psicológica, espiritual, social.

Mapa Astral

Quando se fixa um determinado ponto específico no espaço e no tempo (como no nascimento de uma pessoa) tem-se um mapa geral da posição dos pontos que chamamos planetas, luminares, nódulos, ascendente, Meio do Céu, etc. Esta será a composição específica do ser humano nascido naquele lugar e naquele momento. Este instante congelado traduz o potencial daquela vida, não uma sentença de destino predeterminada, mas um conjunto de talentos e possibilidades como num software, e o indivíduo usando este software irá escrever sua vida, fazendo escolhas, errando, aprendendo e acertando.

Ao estudar este “mapa natal”, o astrólogo está apto a “traduzir” para a pessoa os indicadores da Forças Criadoras Universais. Lê o momento astrológico atual como se lê a hora num reloginho complicado, assim, a pessoa pode decidir soberanamente o que vai querer fazer com o seu tempo. Ele aprende a conhecer a “qualidade” do tempo ao invés da “quantidade”. Um período de dias passa a ter um contexto particular, um fluxo de energia que pode ter suas utilidades dentro do contexto “real” da vida da pessoa.

Cada astrólogo é um tradutor, uma pessoa que acumulou estudos técnicos, base cultural e a experiência de anos em observações, e se tornou um tradutor único. Portanto nenhuma leitura de um mapa é igual à outra. Como em qualquer outro tipo de atividade, é preciso ter bases sólidas, muito tempo de estudo e dedicação, aprender constantemente e estar aberto a novas leituras de conceitos.

O escritor Palden Jensen disse:

Podemos nos beneficiar dos movimentos dos planetas como indicadores da natureza do tempo e das mudanças, visto que somos parte do MESMO TODO. É muito importante estarmos em sintonia com a natureza do tempo, pois isso pode facilitar nossa vida. Isso acontece porque podemos sentir o momento imediato dentro de algum contexto, um cenário mais amplo, que nos dá um senso de direção e propósito, de modo que ficamos conscientes de que A VIDA É UM PROCESSO. Isto é muito importante em nossos períodos difíceis, pois quando a vida fica árdua temos a impressão de que as dificuldades nos acompanharão indefinidamente. Também é importante nos bons momentos, pois, mesmo quando estamos nos divertindo, ajuda-nos saber que os tempos (aparentemente) bons, assim como os (aparentemente) ruins, não durarão para sempre, mesmo que assim o queiramos.

Vista assim, a Astrologia faz muito sentido.

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