Observação: escrevi este texto há alguns dias, fiquei meio assim de publicá-lo porque achei meio pesado, mas depois de perder a minha cachorra de família ontem e de ter que lidar com a insensibilidade de algumas pessoas, resolvi publicar porque estou me sentindo um tanto amarga, machucada e acho que muita gente pode se identificar com essas “verdades” que eu mesma estou precisando reler e depois de tudo o que aconteceu, ele caiu como uma luva.

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Já faz algum tempo que me sinto caminhando por areias grossas. Às vezes o sol escalda a minha pele; às vezes o vento machuca meus olhos e, às vezes, sinto sede…muita sede. Atravessar um deserto nunca é fácil, especialmente porque essa travessia é feita de forma solitária: embora você até encontre pessoas pelo caminho, a travessia acontece apenas dentro de você. Pelo trajeto encontro alguns espelhos d’água: consigo ver minha própria imagem refletida e começo a analisar o que está dentro de mim, o que está fora e, assim, vou relembrando de todos os ciclos que já fechei e olho com mais intensidade para os que estão abertos.

Meu deserto já tem alguns anos e embora eu não tenha parado de andar, a sensação que tenho é que caminho para cada vez mais longe. Meus pés criaram cascos porque a aridez da areia me fez desenvolver essa resistência e, assim, vou seguindo. Quem olha de fora muitas vezes não entende o que está acontecendo, se perde com a travessia e julga. Ah, como é fácil apontar o dedo para julgar o outro, especialmente quando não se tem uma visão de todo o cenário. Todo mundo tem um dedo pronto para olhar para o outro com esse ar de julgamento, mas conseguir olhar com profundidade para a imagem refletida no próprio espelho d’água é pra poucos.

Ando muito cansada de tentar oferecer amizade, carinho, atenção e um ombro amigo para gente que não está nem um pouco preocupada comigo. Eu me doava tanto para as pessoas e tinha tantas coisas boas para dar, mas depois de tanto tomar porrada, sinto que os galhos secaram. Estou me tornando uma pessoa que fica cada vez mais quieta, que busca depender cada vez menos dos outros, que não consegue mais acreditar que não pode existir tanta maldade assim porque eu fui bem Pollyana por muitos anos e ainda sinto dificuldade de enxergar o que às vezes está fora dessa bolha.

Muito de tudo isso tem a ver com sentimentos e atitudes que desenvolvi por causa da minha aparência. É como se eu tivesse crescido pensando que “já que sou gorda e não sou aceita, vou então ser amigável, uma boa companhia, uma boa dona de casa, boa cozinheira e com bom papo para as pessoas gostarem de mim”. Não tenho a menor vergonha de dizer que sou a pessoa mais Amélia que conheço, que amo cozinhar, fazer faxina, receber as pessoas em casa e que, mesmo depois de ser maltratada por alguns indivíduos, lá estava eu, pronta pra receber outra patada com mais um convite de “venha conhecer minha casa / vamos fazer alguma coisa / posso te ajudar em algo?”

Isso é triste e não é certo. Hoje consigo ver como passei a vida tentando fazer coisas para agradar aos demais porque eu julgava que, sendo assim, receberia amor de alguma forma. Só me ferrei e muito. Sempre tive o gigante defeito de achar que minha vida era incompleta e que eu só me sentiria bem de verdade no dia em que pudesse compartilhar os meus dias com alguém que me amasse. Esse alguém nunca existiu e, sinceramente, talvez não exista. Não adianta querer continuar sendo Pollyana e achando que existe um chinelo velho pra todo pé cansado porque não existe, não. Muita gente passa pela vida sozinha sim e a gente tem que começar a lidar com esses fatos porque se enganar é sempre pior. E estou sendo dura comigo e com vocês porque às vezes a gente precisa ouvir umas verdades.

deserto

Não acontece com todo mundo, mas muitas de nós, que sofremos com esse complexo de inferioridade por conta da aparência, desenvolvemos algumas defesas como forma de compensar o que nos falta. É como se tivéssemos que ser algo além para nos sentirmos aceitas e o que percebo é que quanto mais desenvolvemos essas características, mais porrada a gente toma. Vejo por mim mesma. Algumas histórias eu já contei aqui, mas há muitas outras que são tão tristes quanto. O mais engraçado é que geralmente as porradas que mais doem e as que mais recebemos são as do sexo masculino, obviamente.

Ando tão decepcionada com as pessoas, com suas atitudes egocêntricas, egoístas e com seus dedos julgadores que decidi sair de São Paulo para ver se a qualidade de vida melhorava. Sim, melhorou, mas aqui na Bahia também já conheci gente que fez pouco caso da minha amizade, da minha atenção e o escambau. Isso é geral e não adianta querermos mudar as pessoas: quem precisa mudar somos nós. Pare de ser a gordinha boazinha que diz amém pra tudo; pare de sentir pena de si mesma; pare de insistir; pare de ser simpática quando as pessoas estão dando porrada no meio da sua cara. Você não precisa disso, entende?

Escrevo para mim e para vocês. Sempre! Todos os dias acordo tentando mostrar pra mim mesma que eu mereço, que eu posso, que eu sou e que não é a minha aparência que determina o meu valor, mas claro que não é fácil quando você passou a vida sendo julgada por ela, quando as pessoas sequer se preocupavam em te conhecer. De gente desse naipe nós não precisamos. Corte sem dó, mande pastar. Assuma os riscos de ser quem você é de verdade e não tenha medo se essas pessoas se afastarem: você estará fazendo uma verdadeira limpeza na sua vida!

Viva cada dia mais para você mesma. Cuide bem do seu corpo, da sua saúde física e mental, do seu coração e faça as coisas que te fazem feliz, que te trazem bem-estar. Comece cortando hábitos antigos que te prendem, que estão relacionados ao complexo de inferioridade que você sente (se você não tem isso, ótimo!) e nunca deixe que ninguém te faça de idiota ou determine o seu valor porque a única pessoa que pode fazer isso é você mesma. Tenha consciência de todos os seus defeitos, mas também saiba apreciar cada uma de suas qualidades e se dê valor: nunca espere nada das pessoas, nunca. A moeda mais valiosa é que vem do próprio banco e não da conta bancária alheia!

Comentários

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26 comments

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Oi Paula!!
Assim, tinha um monte de coisa pra dizer mas vou fazer deste comentário um outro post. Antes de qualquer coisa imagino que esta jornada só você pode fazer. Apesar disso existem aquelas pessoas que podem estar ali, ao lado, ajudando e dando a mão para que esta caminhada não seja tão solitária.
Bjo

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Oiee, adorei como sempre arrasando nos textos, me identifiquei com algumas situações, aprender a se valorizar e a não esperar nada de ninguém, é muito mas muito difícil por mais que sabemos das consequências sempre esperamos algo mesmo que seja la no fundinho de nós. Tenho uma grande dificuldade de me expressar e pior de confiar nas pessoas, isso para mim acaba que sendo uma tortura….Mas assim você é uma pessoa que diretamente ou indiretamente ajuda muitas meninas com seus textos incríveis, eu mesma me sinto muito mas muito bem em ler seu blog.Paula você é linda, inteligente, não permita que certas “pessoinhas” apaguem este seu brilho. Que Deus esteja te protegendo e iluminando seus caminho. Bjosss

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Obrigada, Natália! Agradeço de todo o meu coração o seu carinho e espero que este texto possa ter lhe ajudado de alguma forma!
Um beijo grande

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Paula,
Há algum tempo venho acompanhando o seu blog e me identificando com a sua história a cada post publicado.
Entendo muito bem o que sente, e já me senti assim incontáveis vezes.
Depois de muitas lágrimas, percebi que sempre as coisas terminavam da mesma forma e que talvez tivesse algo de muito errado comigo, e infelizmente tinha mesmo. Há exatos 11 anos perdi minha mãe e fiquei perdida sem rumo na vida, como não tinha mais ninguém com quem contar, em quem confiar, qualquer pessoa que aparecesse na minha vida com um sorriso amarelo estampado na face, para mim já era digno(a), de amizade e confiança. Quantas vezes eu me ferrei nessa vida?
Mas quero te contar o outro lado da história, com o passar dos anos e por ficar de saco cheio desse tipo de gente, me fechei por algum tempo e quis me conhecer mais a fundo, e sempre tentando driblar a louca e insaciável vontade e necessidade de ter alguém ali ao meu lado para dar qualquer tipo de opinião sobre a minha vida. Não é uma tarefa fácil. Mas hoje algumas coisas mudaram na minha, e as coisas começaram acontecer quando eu já não me importava mais se elas iriam acontecer.
Depois de ser praticamente abandonada no altar e trocada pela pessoa que se dizia ser minha melhor amiga, aprendi a confiar somente em mim, e quando menos esperei por algo de bom na minha vida, conheci uma pessoa maravilhosa com quem estou casada há mais de 2 anos e grávida de 4 meses.
Mesmo nunca ter comentado no blog, entro religiosamente todos os dias, e saiba que mesmo a distância e no anonimato torço muito por você.
Força que tudo dará muito certo!!
Bjs

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Iara, consegui sentir o seu amor em cada frase que eu lia! Você acertou: é exatamente isso que estou fazendo neste momento. Me fechei mais para as pessoas, estou focando mais em mim, em seguir com a minha vida e pouco me importando se alguém vai me convidar pra ir ao cinema, jantar ou pra jogar conversa fora. Fiz muito disso pelas pessoas e fui mal interpretada, fui feita de besta inúmeras vezes e eu cansei. Cansei de ser a gordinha fofa boazinha que tenta agradar a todo mundo. Eu queria agradar os outros e acabava nunca agradando a mim mesma e, pior: só acabava me machucando cada vez mais.

Agora estou em uma jornada muito minha, muito interna. Só abrirei espaço para aqueles que eu realmente acho que valem a pena. O resto eu quero mais é que fique longe porque se não for pra somar, não quero, obrigada. Eu já nem penso mais em relacionamento, em histórias de amor e em coisas que eu pensava antes. Nem sei explicar muito bem a fase que estou passando agora, mas “deserto” é a melhor palavra para definir isso tudo. Fico feliz em ler sobre você, sobre sua felicidade e espero que, quem sabe um dia, essa minha caminhada acabe em um cenário de felicidade, seja ele qual for!

Beijo grande

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Paulinha, eu vou te falar a verdade: não sei COMO alguém consegue sacanear com você. Primeiro porque você é uma pessoa maravilhosa, super solicita, sempre está ali pra quem precisa, tem um coração de ouro… E segundo, porque quem te conhece sabe da sua história de vida, das suas batalhas, do seu crescimento… Acho que o ser humano é malvado por natureza, é a “lei do mais forte”, mas eu também sempre fui Pollyana, sempre fui de acreditar nas pessoas e sempre ver o lado bom nas situações mais adversas e, olha, te entendo muito.

Vou contar uma história: quando eu era mais nova, tinha lá entre meus 10 e 13 anos, andava com uma turminha de meninas e uma delas – que o pessoal chamava de líder – me detestava. Eu passei por cima de muito bullying porque eu realmente gostava das outras meninas, mas num momento eu cansei e percebi que ficar em casa e cuidar de mim ou arrumar novos amigos me faria bem. Foi o que eu fiz. Em pouco tempo, tinha uma nova turma de amigos que sempre me aceitou e respeitou. No final das contas, ela que ficou isolada, porque todas as outras meninas queriam estar perto de mim e dos novos amigos, o que em vez de ensinar um pouco de humildade só trouxe mais ressentimento e mais bullying – do ponto de gritar comigo na rua me chamando de gorda. Eu parei de dar bola, simplesmente ignorei, continuou por um tempo mas depois ela desistiu, arrumou uma turminha dela pra andar e parou. Anos depois, quando conversamos, ambas pediram desculpas, eu por ter ignorado (eu nem precisava ter pedido, mas enfim, me deu uma sensação de limpeza) e ela por ter xingado. Não somos amigas – nunca seríamos – mas se nos encontramos na rua, até nos cumprimentamos.

Acho que aprender a separar as amizades, os colegas, etc., é fundamental para o nosso crescimento. Eventualmente, a gente precisa se esforçar muito pra agradar ou pra entrar em determinada “turminha”, porque é isso que a gente quer, FAZER PARTE. Mas parte do quê, exatamente? Só conseguimos fazer parte de algo – seja uma turma de amigos ou um relacionamento – se estamos completamente bem com nós mesmos, se sabemos que conseguimos superar adversidades, se aprendemos que todas as pessoas apenas passam por nossas vidas, algumas por pouco tempo e outras por tempo demais.

Eu respeito, concordo e sou a PRIMEIRA a apoiar suas decisões para ter uma vida mais leve. A minha principal mudança de quando a gente se conhece pra cá, é que aprendi a escolher minhas batalhas e passei a respeitar a liberdade individual das pessoas. Dá vontade de xingar quem discorda de mim? O tempo todo. Mas passa, assim como as pessoas passam. Eu desejo, de coração, que todos esses passos, por mais doídos que sejam, te façam uma pessoa ainda melhor do que você já é – porque pra mim você é perfeita – e que te façam ter melhores relacionamentos, sejam eles quais forem.

Só não perde esse seu jeitinho meigo, esse sorriso fofo e sua capacidade única de abraçar bem forte quando a gente precisa!

Tô aqui pra você! 🙂

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Ai minha amiga, que vontade de ter um abraço de urso agora! Primeiramente, obrigada por tanta coisa linda que você disse a meu respeito, mas bem que eu queria que fosse assim, viu? Às vezes eu acho que quanto mais “legal” ou gente boa a gente é, mais na cabeça a gente toma e eu, francamente, cansei. Tô separando o joio do trigo na minha vida e de gente idiota eu quero distância. Prefiro, neste momento, oferecer todo meu amor, carinho, atenção e dedicação pras poucas pessoas que realmente importam e pro meu cachorro que eu vou ser mais feliz.

Atravessar esse deserto não vai ser fácil, mas vai me fazer ser alguém mais leve, mais sábia e menos Pollyana. Já tomei demais na cabeça por ser assim e acho que deu, sabe? Queria eu que todo mundo achasse que eu sou esse primor de pessoa que você menciona aí em cima. Sei que tenho muitas qualidades e defeitos, mas parece que tem gente que não sabe enxergar o que é bom e pior ainda quando a pessoa nem te conhece e já sai fazendo suposições…essas são as piores!

Um beijo gigante cheio de amor! <3

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Paula, sempre acompanho vc aqui e no face.
Me identifiquei muito com o seu texto, sou casada amo o Marcos e queria te falar que essa sensação de deserto que vc sente, eu também sinto mesmo tendo o grande amor da minha vida ao meu lado. Claro, que eu posso contar com ele e vejo que com ele eu posso ser muito mais feliz, mas eu tbm vivo assim… Até estava falando com a minha nutricionista e ela achou o máximo o que eu disse: Eu estou súper feliz, acabei de casar, estou muito bem com a família, nada está acontecendo de errado na minha vida, graças a Deus, mas eu estou mais gorda do que nunca, não estou me cuidando mais, não estou com vontade de fazer exercícios, estou me sentindo péssima em relação ao meu corpo e aí? É um ponto a se pensar tbm!
Por mais que esteja tudo certo, comigo não está entende?
Por isso, com o seu texto, percebi que o negócio está em nós mesmos. Tanto eu que estou “bem” por fora e você que acha que as pessoas estão distantes, estamos sofrendo por um fardo que carregamos a vida toda: o padrão de beleza diferente. É isso, tudo está em nossa cabeça!
Espero que vc melhore e eu tbm e que tudo isso um dia passe logo 🙂
Beijos e adoro vc 🙂

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Paula, obrigada por ser minha amiga….nunca te vi, mas sei que você existe….muito obrigada por eu poder conversar contigo….muito obrigada….muito obrigada sempre….pois somente os amigos nos falam a verdade….Obrigada AMIGA.

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Paula, me identifiquei 100% com esse texto. Estou melhorando, mas tive que me afastar até de algumas pessoas da família. Aí tenho que escutar os outros perguntando por que eu vivo tão sozinha… Porque pra ter saúde mental, não ser agredida nem física nem psicologicamente, eu precisei me distanciar de pessoas que só queriam me usar e a maior culpada disso sou eu, porque permiti esses abusos.
Ser “boa” nesse nível, é como um vício. A gente precisa dar um passo de cada vez em direção à cura.
Sendo o texto pesado ou não, o importante é a consciência que você tem do que acontece na sua vida. A cegueira é pior.

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Paula, adoro o seu blog e as postagens, e também me identifiquei muito com o texto, forte e verdadeiro! Me inspirou bastante, porque realmente tenho muito a melhorar e não continuar me enganando. Beijo grande e tudo de bom pra você!

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Paula, leio o seu blog sempre, mas nunca comentei, mas agora, me sinto na obrigação de te escrever algo…Me identifiquei completamente com o seu texto, estou passando exatamente por isso, estou numa fase muito sozinha, me sentindo feia, cada vez maior, enfim…Tenho 22 anos e nunca tive um namorado, já tive casinhos, mas nada sério (por parte deles)…Mas decidi que isso não ia me abalar mais, apesar das pressões da familia, e dos amigos, eu decidi mudar o rumo, focar em mim, e não é fácil, mas saiba que você não está sozinha!

E não mude o seu jeito de ser, continue sendo o que você é! e nunca nunca perca a esperança, pq eu acredito que o que é nosso está guardado para a hora certa! Tudo tem um motivo nessa vida, e temos que aprender com ele.

Você é uma menina incrível! Não mude!

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Bom dia Paula !!!!

Moro aqui em Salvador e te digo uma coisa: aproveite esse mar lindo para caminhar na orla, se exercitar, andar de bike, relaxar na areia da praia lendo um livro… Tb sinto muito dessas coisas e saiba que vc não está só. Somos mais do que um corpo fora do peso padrão, temos uma alma, temos sentimentos, temos um coração. As pessoas magoam porque transbordam o que dentro delas não cabe mais e despejam no outro tudo de ruim que sentem e precisam machucar o outro porque estão machucadas.

Tenha bom ânimo !!!! Tenha a certeza de que tudo que passamos podemos suportar. Existem amizades sinceras e verdadeiras, existem pessoas que se importam com os outros.

Alegre-se ! Vc tem vida, saúde ! Não deixe que esse mundo tire a sua paz com um padrão absurdo que só escraviza. Não deixe que os outros tirem a sua paz, não se conforme com esse mundo !!

Paty

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Oi Paula,

Obrigada por suas palavras, me encontrei nelas.
Também já fui muito Pollyanna na minha vida e hj me criticam dizendo que estou mais amarga. E respondo foi a vida q me fez assim.
Com relação a homens a mesma coisa, já sofri tanto que ando cética qnto a isto.
Qria mt ter alguém especial em minha vida, mas não acredito mais q isso vá ocorrer e as vezes acho q serei uma pessoa solitária.
Me dizem que eu sou mt criteriosa, mas sempre foram comigo a vida toda…. pq não posso ser também?

Obrigada por suas palavras, sei q foi um desabafo seu, mas senti como se escrevesse para mim também.
bjs e sucesso sempre!

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Oi, cara, esse foi o melhor texto que eu poderia ter lido hoje, sério mesmo, como diz a Martha Medeiros “pra mim Deus está em um texto, em uma música…” E para mim Deus está presente nesse texto, por que era TUDO o que eu precisava ler nesse momento *-*

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Olá Paula,
É primeira vez que entro no seu blog e adorei o texto, realmente expressa a mais pura verdade. Infelizmente estamos vivendo em um mundo onde a consciência moral e o respeito estão se perdendo, a sociedade cria um estereótipo e em muitos momentos nos sentimos obrigados a mudar. Mas até que ponto temos que fazer para os outros? Na verdade nunca fui a favor disso, acho que temos que ser quem realmente somos, seja você gordo, magro, homossexual, punk,etc. Se vc não gosta de ser quem é então MUDE, mas sempre pensando em você. As vezes criamos expectativas nas pessoas, sendo que na verdade temos que criar as nossas próprias expectativas ou até mesmo limites ou metas a serem alcançadas. Mas sempre por nós e não pelos outro. Eu sempre fui uma pessoa descrente do ser humano, também não acredita muito em amor ou tampa da panela. Mas a vida nos surpreende e hoje estou casada, tenho minha filha biológica e ganhei 2 da vida!!! Devemos ter esperança sim, mas em nós!!! Devemos acreditar sim, mas em nós!! A certeza que se tem na vida é que se nasce e morre sozinho!! Então a vida está ai pra você, para dar o seu melhor!!! Quando a gente começa a se conhecer melhor e ver que EU POSSO, QUERO E CONSIGO o mundo fica muito pequeno para o medo ou preconceito.

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Li o texto, e pareceu que alguém tinha lido minha mente e abertamente escrito.
Pro meu azar talvez me chamo Poliana rs e isso já diz muita coisa …
Sou exatamente como você disse que era … Amélia, amiga …
Aquela que não sabe desagradar ninguém por sentir que vai perder a pessoa, que sorri pra não a questionarem …
Já nem sei mais o que sentir, estou numa confusão mental quase sem limites, mais ler coisas como a que você escreveu me da forças de querer e tentar fazer diferente.
Acompanho o blog a algum tempo, sempre a achei super inteligente, linda, cheia de estilo. Isso é o que você mostra, e isso te faz diferente.
Busco por mudanças assim como você fez, e quem sabe eu consiga superar mais rápido essa minha má fase …
De qualquer modo agradeço a atenção e carinho que você mantem no blog, é MUITO importante pra muitas mulheres o que você escreve.
Obrigada pela maneira como veem abrindo sua vida e compartilhando tantas coisas, quantas de nós queremos alguém que nos entenda ? Ai com muita sorte encontramos você e seu lindo blog!
Desejo mais mudanças, e todas maravilhosas pra tua vida, Deus sabe a hora correta pra exatamente tudo, e nós mesmo perecendo devemos ter calma para ver o que virá mais adiante, e pra você, sem dúvida virá muitas alegrias!
Que um dia eu deixe a Pollyana totalmente de lado e seja somente Poliana …

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A Poliana, você me fez chorar, viu?

Às vezes as pessoas nem imaginam o trabalho que dá manter um blog e fazer um bom trabalho com ética, amor e tudo mais. Quando leio coisas como as que você disse, me encho de emoção e gratidão por sentir que o meu trabalho e dedicação não são em vão e que eu tenho que continuar seguindo adiante.

Você vai conseguir se livrar da Pollyana. Não tenha pressa, não force…vá no seu ritmo, viva a vida e leve o melhor das experiências. Um dia você vai perceber que aquela Pollyana ficou pra trás!

Um beijo enorme

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Oi Paula, descobri seu blog hoje e fiquei super feliz pois estava me sentindo mal comigo mesma, achava que tudo que vc escreveu so acontecia comigo, ultimamente so me olho no espelho pra me criticar e dizer na minha propria cara que eu nao posso, nao mereço nada de bom por nao ter a beleza estetica imposta pela sociedade. Confesso que fiquei pior depois de me declarar para alguem que eu achava “o cara” como sou muito timida fiz isso atravez de mensagem que eu enviava pro cel dele sem me identificar, e ele me dava a maior força, ate disse que eu nao devia desistir dele ate o dia que atendendo ao seu pedido me identifiquei e sua resposta de indignacao foi, como vc conseguiu meu telefone? Me senti um lixo, fiquei envergonhada e pedi desculpa por gostar dele, ele tentou amenizar sua atitude dizendo que eu nao precisava ter vergonha mas a verdade é que fui ignorada. Fiquei triste, e comecei a odiar tudo que podia refletir minha aparencia. To tentando me aceitar e encontrar alguma qualidade em mim, qualidades eu tenho e muitas mas sao aquelas que um homem so enxerga depois de aprovarem as pernas, os peitos, a barriga sarada, que sao o carater, a inteligencia e etc. Estou me cuidando e tentando perder peso, nao por ele mas para minha saude, pois quero ser aceita como sou, gorda ou magra vou ser sempre a mesma pessoa! Achei que eu nao o merecia mas a verdade é que ele perdeu a oportunidade de conhecer alguem que valesse a pena. Cansei de ser legal com todo mundo para ser aceita, tenho meus defeitos mas tbem tenho qualidades que independem se uso manequim 38 ou 54. Da vontade de vomitar qdo vejo uma propaganda na tv que diz: Fique linda, emagreca com produto tal! Nao que agente tem que ser relaxada mas ninguem engorda pq quer. Como vc disse, a beleza ta nos olhos de quem a ve, existe beleza em tudo e em todos, e para essa beleza ser vista e admirada basta deixarmos de lado a ipocresia e o preconceito. Beijos e obrigado por me ajudar a aceitar a minha realidade.

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Nossa parece que esse texto foi escrito por mim…Adorei seu blog,

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Obrigada, Gislaine! Fico feliz que tenha gostado! 😀

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querida Paula, VOCÊ é uma princesa, passe agir como uma princesa, seja forte, firme, preparada para os altos e baixos da vida, pois em CRISTO SOMOS MAIS QUE VENCEDORES, eu já venci a depressão, stress, alopecia, emagreci, já suportei todo tipo de humilhação por causa da aparência e mesmo assim eu me amo muuuuuuuuuito, me sinto uma princesa a cada dia, pois acredite assim como você se vê os outros a enxergarão, seja feliz todo dia linda, ah, quando tiver um tempinho assista o clipe JESUS SERA O REI…..

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Obrigada, Patricia! Adorei as palavras cheias de carinho…me fizeram muito bem! <3

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O que vc escreveu e uma verdade triste, acho que o pior de tudo nao e estar sozinho e sim se sentir sozinho mesmo com um monte de gente a sua volta, e nao ter ninguem que ouve vc de verdade as pessoas tem a tendencia de achar que td que os outros estao sentindo e melindre . Infelismente as vezes nos so queremos um abraco e uma pessoa falando pode chorar que eu to aqui.

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Ola paula como vai você? Estou tão feliz por ter encontrado você srsrrsrs o seu blog é maravilhoso.
Tudo isto que você falou fez com que eu me lembra-se do meu passado, nasci gordinha e toda família amava ate perceberem que eu não estava emagrecendo mas sim engordando cada vez mais, minha infância foi,bruxa keka lembra dela kkk,gorducha,baleia era constante, mas na minha familia não era só eu com este pequeno problema,meus primos também sofria o mesmo,eu fui criada ate os 15 anos no interior do maranhão cidade bem pequena todo mundo conhece todo mundo,minha mãe e nordestina meu pai é baiano acho que esta mistura foi boa por que não deixou eu levar desaforo pra casa nunca, mais com o tempo isto foi me chateando, estava magoada por escutar tantas coisas e ninguém que andava comigo me defendia,sorria juntos pior ainda né. Então quando fiz 13 anos tomei uma decisão de emagrecer,tirei totalmente meu café da minha(Cuscuz com leite,delicia) e minha janta,uma loucura eu sei mas foi o único jeito que encontrei para emagrecer e consegui eeee rsrsrsr,quando fiz 15 anos estava no corpo que toda garota na minha idade desejava,dei meu primeiro beijo e arrumei um namorado logo em seguida(detalhe escondido dos pais) a adolescência pra mim não foi tão ruim pois não estava mais gorda, porem nunca fui de ter muitas amigas,fui bem solitária,eu sai de casa pra morar como uma tia na capitar srssr no tocantins deixei pra trás as poucas amizades que tinha, na capitar era outro mundo,as tecnologias que eu não conhecia,as garotas parecia modelos de tão magras que eram,nossa eu desabafei agora,na verdade só queria compartilhar minha historia de vida com você e dizer que hoje estou gorda novamente,estou me sentindo ruim,pois estou com problemas respiratórios,e no meu casamento,não pela parte dele mas por mim mesmo,coloquei na minha cabeça que casou com uma e hoje estar com duas e fico me perguntando por que ele estar comigo,não tenho mais o corpo de antes, não sou mas atraente como antes,eu falo os monte pra ele,peço pra ir embora apesar de saber que não devo fazer isto,hoje não sinto vontade de fazer amor com ele,me vejo no espelho uma gorda sem estilo algum,que não gosta de se maquiar,que não tem mais roupas no guarda-roupa por que optou não comprar enquanto não emagrecer,mais ai eu começo a falar com DEUS dando um grito de socorro por que só ele sabe o que estou sentindo,ele me mandou você com sua historia, sua opinião,seu novo estilo, ele vem mudando minha vida de tal maneira que é inacreditável, mais mesmo assim ainda sofro sozinha calada no meu canto. Sofria muito por não ter um grupo de amizades que aceitasse como eu sou,parece ate quer ser gorda e uma doença. AH to feliz por ter encontrado vocês.

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Olá Paula!!!
Após fazer algumas pesquisas sobre moda plu size, cheguei a esse blog e tive o privilégio de ler esse maravilhoso texto, que para mim foi aquele “cutucão”. Atualmente deixei de ser a pessoa legal, a gordinha bacana que é amiga de todo mundo e que simplemente é esquecida por todos, porém, hoje não tenho amigos ou amigas… a bem da verdade tenho um conhecido, mas não acho isso de todo ruim, me prendo a leituras, assisto filmes, e sou extremamente caseira, pois cansei de tantas amizades falsas, isso acontece para que possamos nos valorizar. Hoje estou na busca de valorizar quem sou, minha aparencia, minha cabeça, e seu blog está sendo uma ferramente salutar para essa conquista pessoal e íntima.

Desde já agradeço a você por compartilhar conosco suas experiencias, e principalmente, ter aberto esse canal de comunicação que muito eleva nossos pensamentos, pontos de vistas e nossas vidas.
Um grande abraço.

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