A doença celíaca é considerada uma patologia autoimune em que o organismo ataca a si mesmo. É causada pela intolerância permanente ao glúten, de origem imunológica e genética, que acomete a mucosa do intestino delgado causando a sua atrofia e, por consequência, dificultando a absorção de nutrientes.
Atualmente estima-se que a cada 400 brasileiros um seja celíaco. Outro dado estatístico mostra que cerca de 1% da população mundial sofre desta patologia e que na Europa a prevalência seja de um celíaco a cada 150 ou 300 pessoas. A doença atinge ambos os sexos, mas é predominante entre o público feminino, sendo a proporção de dois para um. Como possui caráter hereditário, é fundamental que parentes de primeiro grau de celíacos submetam-se ao teste para detecção da doença.
Geralmente o diagnóstico é feito mais facilmente em crianças de seis meses a cinco anos e acredita-se que de cada oito pessoas que possuem a doença, apenas uma é diagnosticada. Em relação aos sintomas, em crianças o quadro clássico apresenta diarreia crônica, distensão abdominal e desnutrição. Entretanto, outros sintomas também podem estar presentes, como a dor abdominal, vômitos, constipação intestinal (prisão de ventre), inchaço, flatulência, irritabilidade, anorexia, baixa estatura, osteopenia ou osteoporose e exames anormais de fígado.
O celíaco poderá apresentar apenas um sintoma ou um conjunto de vários que desaparecerão com o cumprimento da dieta isenta de glúten. Podem existir algumas doenças associadas, como o diabetes mellitus, hipotireoidismo, doenças autoimunes, anemia ferropriva, intolerância à lactose, deficiência da imunoglobulina A e dermatite herpetiforme. A doença celíaca também pode não apresentar nenhum sintoma.
*Colaborou: Paula Bueno, assessoria de imprensa
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