Nas últimas semanas muitas coisas ruins aconteceram envolvendo mulheres, estupro e assédio sexual (sabe o cantor Biel que quase ninguém da nossa idade conhece que assediou a repórter do IG?) e a gente precisa falar sobre isso. Como mulher e influenciadora me sinto no dever de alertar, de conversar e tentar conscientizar minhas leitoras porque o assunto não é tão simples assim. Eu não sei o que você, com sua cultura e criação, considera “assédio”, mas vamos ver o que o dicionário nos diz, de forma geral:
Existem vários tipos de assédio, mas quero focar no sexual porque ele nos diz respeito diretamente. Homens também podem sofrer esse tipo de opressão, mas sabemos que a grande maioria dos casos acontecem com homens assediando mulheres. O que pode parecer uma brincadeira ou um “elogio”, como muitos gostam de dizer, não passa de uma forma bem suja e desagradável de oprimir, dominar e perseguir. Se um home gosta ou se interessa por uma mulher, ele pode chegar nela de várias formas, mas não pé chamando de “gostosa, delícia” ou coisas piores que ele está sendo um cavalheiro; não é passando a língua na boca, apalpando seu órgão genital ou fazendo outros gestos obscenos que ele a está cortejando. Não existe nada de errado em conversar com uma mulher de forma madura e respeitosa e sim, é possível fazer elogios de várias formas sem assediar, sem ser um estúpido, sem fazer com que uma pessoa sinta medo. A grande maioria das mulheres sente medo em retrucar o assédio verbal, por exemplo, porque acreditam que serão perseguidas por se posicionarem, ou seja, o opressor acaba tendo o domínio da situação.
Com o intuito de conscientizar os homens e diminuir o assédio sexual, o Instituto Maria da Penha lançou uma campanha que simula para os homens como eles fazem com as mulheres quando as assediam nas ruas. Um ator protagoniza o opressor, que fica falando coisas horríveis que as mulheres geralmente ouvem em um vídeo que é impossível de ser pulado, pausado ou silenciado. Esse vídeo foi transmitido nos sites de maior audiência masculina no Brasil. Quem cruzou com esse vídeo sentiu a aflição causada pelo abuso verbal. A intenção era chamar a atenção para a mensagem principal: assédio não é elogio, é violência.
Convido vocês a acessarem o site caleoassedio.com.br para ver o vídeo e dar um basta à cultura machista que está enraizada em nossa sociedade. Mulheres merecem ser respeitadas. Assine também o documento virtual para ajudar a conscientizar mais pessoas, que está logo abaixo do vídeo. Vá por mim: vale o clique! Faça a sua parte para contribuir para a conscientização.