Você não está sozinha

Um novo ano começou e com ele vem aquela ideia de termos um livro em branco. São tantas páginas esperando por histórias que serão escritas, tantos sonhos, expectativas… A verdade é que recomeçar é sempre bom. Na realidade não precisamos de um novo ano para dar início a novos projetos, mudanças e para tomar coragem de fazer coisas que sempre desejamos, mas que acabamos deixando para lá: esse rito de passagem é apenas um marco psicológico que nos dá aquele empurrãozinho que às vezes falta porque nossa vida tem uma linha do tempo. Quando falamos de nossas memórias, gostamos de mencionar o ano em que aquilo aconteceu, são épocas marcadas que trazem nostalgia.

Eu poderia ter escrito vários posts, daqueles mais clichês – e que não deixam de ser legais ou importantes – falando sobre minhas metas e planos para o novo ano, mas eu preferi não fazer planos para 2016. Na verdade decidi fazer algo que nunca fiz: não planejar, apenas viver. Eu prometi a mim mesma que viveria um dia de cada vez este ano, como se estivesse num processo dos Alcoólicos Anônimos. Sempre ouvi dizer que eles têm o mantra do “só por hoje eu não vou beber”, então meio que me inspirei nisso: só por hoje eu vou / só por hoje eu não vou. Há tanto no meu comportamento para ser modificado e melhorado; há tanto que eu posso fazer diferente e acrescentar; há tantas coisas que não preciso e que posso abrir mão e tantas coisas que preciso que ainda não conquistei, então a meta é acordar e pensar que eu tenho um dia inteirinho para tirar o máximo de proveito das situações para exercitar o meu “só por hoje eu vou e só por hoje eu não vou.”

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O mais importante de tudo, para mim, é o que vou dizer a você agora: você não está sozinha! Por que estou te dizendo isso? Porque eu quero que você saiba, de verdade, que você não está sozinha e que você não precisa passar por suas batalhas na solidão, achando que aquilo só acontece – ou não acontece – com você. Eu passei tantos anos da minha vida achando que certas coisas só aconteciam comigo ou então me indagando por que tal coisa nunca dava certo, não vinha, não acontecia que, se eu soubesse que eu não era a única a ter aqueles sentimentos, eu já me sentiria muito mais forte, tranquila e confiante. Acredite: aquele seu medo é também o medo de outra mulher, aquele seu desejo também. Quando debatemos questões, nos abrimos, expomos feridas e levantamos discussões saudáveis sobre temas que nos afligem, a gente se fortalece e é por isso que eu sempre expus tanto a minha vida e dei – e continuarei dando – a minha cara a tapa.

Este é só um recadinho para vocês saberem que este ano eu vou me esforçar ainda mais para ajudá-las nesta caminhada de descobrimento, amor próprio, perdão e aceitação. Você não está sozinha: eu estou contigo, Deus é contigo e há muitas outras mulheres dispostas a se ajudarem com exemplos de superação e força. No que depender de mim, este será um ano de mudanças positivas e de muito mais mulheres alcançadas e impactadas. Não se deixe abater, não se vitimize: vamos enfrentar nossos medos, os problemas do dia a dia de cabeça erguida e vamos debater, juntas, sobre nossos dilemas. Não somos apenas mulheres: somos grandes mulheres! Não se esqueça disso!

Com amor,

Paula

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