O rapaz que conhece a menina de seus sonhos e fica junto com ela durante 500 dias. Pronto, está resumido o filme 500 Dias com Ela (500 Days of Summer). Mais um roteiro de filme bobo para o público adolescente que gosta de uma comédia romântica boba para se identificar com os personagens? Não dessa vez. Dessa vez estamos falando de um filme com um quê de romance com forte influência da cultura pop e uma pegada de roteiro e direção diferentes.
O filme começa com o fim, logo já sabemos como vai terminar a história de Tom e Summer. Desde então, fica combinado que o filme não vai seguir cronologia alguma, que Tom ama Summer perdidamente, que está só curtindo o momento. Mas a graça de 500 Dias Com Ela vai muito além de uma linha cronológica do tempo. Dessa vez, o que interessa é o caminho desse tempo.
Durante os 500 dias é forte a intensidade do romance do casal, com cara de amor adolescente, com muita influência da cultura pop. Temos referências a banda Belle and Sebastian, ao The Smiths – com um papel decisivo na aproximação do casal, que começou a se falar por causa deles – e depois, já na primeira briga, ouvimos falar de Sex Pistols e é feita uma comparação dos dois com Sid Vicious e Nancy….
Não é de se espantar que os espectadores de 500 Dias Com Ela se identifiquem com o casal do filme. Tom e Summer podem ser encontrados por aí, um casal que se gosta de maneira muito intensa, com gostos, ideias e jeitos parecidos com muitos altos e baixos.
Os dois brincam na loja de departamento fingindo que moram na casa que serve de mostruário, trocam beijos durante o expediente (sim, eles trabalham juntos) e ao mesmo tempo têm sérias brigas no meio da madrugada, principalmente quando Tom resolve que o namoro tem que se transformar em algo sério.
No meio de tudo isso, o papel crucial do diretor Marc Webb, que vem dos videoclipes – já dirigiu Green Day, Backstreet Boys, Lenny Kravitz, Weezer, entre outros – traz momentos ágeis na montagem do filme, com cara de videoclipe de um jeito bacana.
Isso e mais a trilha sonora com uma pegada pop indie com The Smiths, Doves, Regina Spector e a primeira dama da França, Carla Bruni. Bom pra quem gosta de histórias de amor e romance sem ser de todo clichê. Bom pra quem gosta de um filme permeado de referências à cultura pop.
Davi Rocha
Um comentário
Carola
esse filme é realmente demais!
um dos que mais me marcou ano passado, isso pq eu qse nunca me lembro da história dias depois, mas esse não só me surpreendeu, meu prendeu como tbm me fez recordar de muitas passagens (fora a trilha ainda estar no meu celular pq é incrivel!)
eu ia falar sobre a montagem, o dinamismo de ações (aquela parte da loja é muiito boa), da estética bem trabalhada e da relação que esses elementos tem com os videoclipes. mas não sabia q o diretor já dirigiu VC, entao esse meu comentario só serve pra redundar caracteristicas que, bem utilizadas como neste caso, ultrapassam produções de curta para um longa maravilhoso.