Queridas amigas,

Tive que parar para refletir e muito sobre todos os comentários que recebemos ontem, aqui no site, depois de minha participação no programa “A Tarde é Sua”, da jornalista Sônia Abrão.  Foram muitas histórias, muitos desabafos e fiquei completamente tocada por tudo o que li. É como se cada uma de vocês que escreveu estivesse sentadinha ao meu lado abrindo o coração. Me senti verdadeiramente honrada por poder lhes ouvir e espero, com toda a sinceridade do mundo, poder lhes ajudar de alguma forma – mesmo que seja apenas com algumas palavras que vem de um coração que sente e passa pelas mesmas coisas que vocês.

Ao contrário do que muitas (os) possam pensar, não sou a pessoa mais bem resolvida do mundo. Na verdade, acho que todos temos nossos calos e nossos momentos de fraqueza, de dúvida e de medo. Sou humana e como disse no programa, carrego até hoje sequelas do que vivi em minha infância e adolescência. Além de sempre ter sido gordinha, eu sempre fui muito alta e isso acentuava ainda mais minha diferença entre as crianças. Sofri muito. Chorei muito e engoli calada muitos desaforos, mas tudo isso me fez contribuir para a pessoa que sou hoje e podem ter certeza que, embora eu tenha vários defeitos e independente de aparência – tenho orgulho de ser a mulher que sou.

Criei este site na companhia de uma amiga que durante os anos de faculdade acompanhou toda a minha angústia e desespero, além de várias tentativas falhas de dieta. Contem sempre também com a Pâmela, que é uma fofa e entende muito bem o que se passa conosco. Nós, Grandes Mulheres, estaremos sempre dispostas a lhes ouvir e lhes aconselhar, pois o site foi criado para que através de experiências e vivências, uma possa ajudar a outra. Temos que nos unir e nos ajudar para que a sociedade, ao longo do tempo, passe a perceber que não precisamos da piedade de ninguém e que de forma alguma somos inferiores a qualquer outro tipo de ser humano. Não é porque somos gordinhas que somos feias, mal amadas, lentas, preguiçosas e etc.

A escritora norte-americana Wendy Shanker, no livro “Segredos da Gordinha Feliz” – que por sinal super recomendo a leitura – aponta que, em nossa sociedade, o adjetivo “gordo” nunca vem sozinho. Ele sempre vem acompanhado de adjetivos negativos, como os que citei no parágrafo acima. A sociedade tende a nos ver como inferiores, infelizes e incapazes e já está mais do que na hora de entenderem que não somos nada disso. Quem disse que magra não sofre? Que não tem dilemas e não é insegura? Isso é lenda! Temos que aprender a nos valorizar e sempre ressaltar aquilo que há de melhor em nós, pois as pessoas nos enxergarão da forma como nós nos vemos. Se você está bem e feliz consigo mesma, irá transmitir isso a quem está em seu redor.

Que tal parar para pensar um pouquinho sobre sua vida? O que é que realmente lhe incomoda? É o peso? É a forma como as pessoas agem ou é a forma como você se enxerga? O ser humano tem a tendência de ressaltar o negativo e esse é um de nossos grandes erros. Pense em quantas coisas maravilhosas você tem, em quantos aspectos positivos que fazem com que você seja amada e querida por tantas pessoas. São esses os atributos que devem ser valorizados, mas buscar a evolução e o equilíbrio é tarefa nossa de cada dia. Comece com pequenas coisas. Faça uma lista de coisas que gostaria de melhorar em si mesma e trace metas para alcançar essa melhoria, pois a maior beneficiada será você mesma!

Está com algum problema? Quer tirar alguma dúvida? Escreva-nos! Você pode deixar um comentário ao final desta postagem. Se quiser, procure-nos também no Twitter: @parispaula, @pamelanunes e @grandesmulheres.

Um grande beijo a vocês!

Paula Bastos

Comentários

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9 comments

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Comentário Assisti o programa da Sônia Abrão e me interessei em conhecer o seu blog. Muito interessante… Parabéns. Bjks

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Não assisti o programa mas tive acesso ao vídeo da entrevista hoje, através de um outro blog. Fico muito feliz pela iniciativa de todas as gordinhas que se amam de lutarem contra o preconceito e difundirem suas ideias. Eu sofri muito bullying desde criança e foi com uma “gordinha gostosa” que eu aprendi a me amar, a ser mulher e a ser vista como mulher. Sim, foi com uma gordinha que fazia o maior sucesso que eu aprendi a me fazer ser vista como mulher, alvo de desejo masculino, e não simplesmente “a gorda”. Só tenho a agradecer pelo seu trabalho e te parabenizar muuuuito pela iniciativa, por ir a público dizer que nós somos mulheres normais e que podemos (e somos!) muito mais especiais do que as pessoas podem imaginar. Parabéns!

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Paula,

Parabéns por seu comentários no bate-papo do programa A TARDE É SUA! Gostei muito da sua participação! Sou gordinha e sou de uma família de gordinhas! Vc imagina o quanto eu e minha família já sofremos por causa disto, né? Mas felizmente somos todas muito bem resolvidas e lindas! A única pessoa magra é meu pai, que é um homem maravilhoso e nunca desprezou nem a minha mãe e nenhuma das quatro filhas. Agradeço a família maravilhosa que tenho e pode ter certeza que não a trocaria por nenhuma família magra! Estranho pra mim é quando vejo muita gente magra! (risos). Enfim, só gostaria de dar os parabéns a você pela entrevista, pelo blog e pela atitude. O Grandes Mulheres acabou de ganhar mais uma fã! Ah! Quanto à Paula do BBB 11, torço pra que dê tudo certo pra ela no programa e principalmente, depois dele! Grande abraço e muito sucesso a todos do Grandes Mulheres!

Beijos plus size!

Cláudia Souza (30 anos, publicitária e professora universitária, Manaus-AM).

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Comentário
Estou percebendo que vou precisar escrever comentários mais vezes.
Sempre fui muita magra e quando a adolescência chegou, passei pelos mesmos problemas que os gordinhos enfrentam. Eu tinha um complexo tão grande das minhas pernas ( finas e compridas ) que não ousava colocar uma saia. As pernas tinham um vão tão grande entre as mesmas que eu morria de vergonha que alguém percebesse isso. Até ao médico eu fui para fazer ” tratamento de engorda” e fiz.
Várias gordinhas que lá estavam não se conformavam por eu querer engordar, diziam que eu era louca. Eu sempre dizia: não quero mais ser chamada de Olivia Palito, Manequim de Cemitério, ou que passava fome.
Com isso quero dizer o seguinte: a forma como nós nos vemos é muito pior, ou seja, precisamos encarar que a exigência que temos com nós mesmas é muito grande. Qualquer pessoa que diga que você não está feia, que você está exagerando não será ouvida. Claro que, existem os “plantonistas” que a todo momento só querem te deixar para baixo. Sabe a cor que eles enxergam o mundo? PRETO, CINZA….
Vocês já perceberam que as pessoas gordinhas são alegres, sorridentes, carismáticas, simpáticas, então, é porque suas lentes são COLORIDAS!!!!!!!!
Sabe o que precisamos fazer: xô pra lá….. sai de perto….. vai se cuidar pois você tá precisando mais que eu, sabe porquê?
SOU FELIZ, ESTOU VIVA, TENHO SAÚDE E ESTOU AQUI PARA O QUE DER E VIER.
E vamos em frente!!!!! SEMPRE!

Bjs no coração!

Mamis!!!!!

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Assisti o programa e achei muito interessante a idéia de nos juntarmos para provar para o mundo que somos capazes e iguais a qualquer mulher, somos seres humanos comuns e sofremos sim preconceito na nossa sociedade. Parabéns pelo site e pela iniciativa

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Precisamos mesmo de pessoas como vc!!
Abaixo a ditadura da magreza!! Também somos desejadas e lindas!!!
Vamos lá pessoal, nada de desânimo!!!
bjsssss

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vc me ajudou muito ontem ,estva mau e vc me levantou obrigada bjs

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Vc virou minha idalaaaaaaaaaa….

Tanto que eu que só tinha 1,77 e 80 KG quero agora alcançar vc e chegar até uns 90 pelo menos. Pra isso estou fazendo uma dieta a base de muito toucinho, pastel e chocholate. Se vc tiver alguma dica pra eu chegar facilmente no seu peso e ter essas buchechas lindas de bulldogue que vc tem. Me dá um toqueeeeeeeeee. Beijo, gatonaaaaa.

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Boa sorte no BBB gordinha! Estou torcendo por você!

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