Colaboração: Tamirys Seno*
Imagine um evento cheio de nerds, geeks, simpatizantes e curiosos sobre tecnologia e internet. Agora imagine esse evento durante uma semana, 24 horas por dia e com internet banda larga de 10Gb. Imaginou? Isso é o Campus Party, a maior evento de tecnologia, internet, cultura e entretenimento digital do mundo!
Eu (uma nerd assumida e viciada em internet) resolvi conferir o evento de perto! Vim para São Paulo, acampar durante uma semana no pavilhão de Exposições Imigrantes, onde o evento acontece. Logo imaginei que eu seria uma das pouquíssimas meninas que estariam por aqui, mas eu estava enganada. Em sua 3ª edição, a Campus Party conseguiu reunir cerca de 1.500 mulheres, 25% num total de 6 mil participantes.
Para os campuseiros – como são chamados os participantes do evento – é ótimo que o número cresça cada vez mais, já que segundo eles, as garotas deixam o ambiente da Cparty muito mais bonito.
Mas a pergunta é: Que tipo de menina gostaria de ficar acampada por uma semana, rodeada por um monte de homens jogando videogame e gritando pela madrugada?
A resposta é simples: É um tipo incomum de garota, que gosta de tecnologia, jogos, diversão e é acima de tudo bonita, simpática, estilosa e inteligente. Conversando com as campuseiras aqui na Campus Party, percebi que todas tem uma característica em comum: a predominância de homens no círculo de amizades.
Muitas ainda dizem que até preferem amigos homens, como é o caso de Nathalia Grün, que veio de Porto Alegre para o evento. Dona de um blog sobre rock, moda, vintage e internet, ela diz que algumas mulheres têm muito ciúme uma da outra, um pouco de inveja e fazem intrigas. “Com amigos homens esse tipo de coisa não rola, eu sinto que posso confiar mais neles.”, conta Nathalia.
E ela não se incomoda nem um pouco de estar em lugares onde o público é predominantemente masculino. “Eu acho que isso não tem diferença, o que realmente importa pra mim é o conteúdo, não importa se é homem ou se é mulher. Sobre a amizade, eu prefiro a masculina, mas em relações profissionais ou qualquer outra coisa, o que vale é a troca de informações e o conteúdo de cada um.”, explica.
A maioria das garotas da Campus Party tem um quê de nerd, desde as que curtem games até as que são viciadas em baixar séries da internet. Elas são difíceis de achar, porque não andam em bando e quando andam é em bando de homens!
Ser nerd hoje em dia se tornou um diferencial! A garota nerd lê, é interada em todos os assuntos, é independente, e acima de tudo vaidosa. Assim como a designer Raquel, também de Porto Alegre, que trouxe esmaltes para a Campus Party para retocar as unhas durante a semana.
As geeks vieram pra mostrar que o estereótipo nerd “Velma do Scooby Doo” já era! As garotas podem sim entender de computadores, tecnologia, games, e ao mesmo tempo usar salto alto, maquiagem e saber dançar a nova música da Britney Spears, melhor do que muita patricinha por aí!
Confira algumas das garotas estilosas que estiveram na Cparty fotografadas por Alexandre Ferreira.
* Tamirys Seno, ou Tammy para os íntimos, é estudante de jornalismo, tem 20 anos e é viciada em tecnologia, mídias sociais, cultura geek e tudo que houver de bizarro pelo mundo da internet.
Um comentário
Nem
Rótulos, estereótipos e estigmas sempre se serviram mutuamente, mas nunca ao bem estar social. Eu mesma passei e ainda passo a vida escutando que sou: 1 – muito bonita pra ser nerd;
2 – muito bronzeada para ser gótica; 3 – muito nerd para saber dançar;
4 – muito burguesa pra ser politizada e vice versa- e outras anencefalias tipicas da subcivilização brasileira.