Sensação de estar com “areia nos olhos”, peso nas pálpebras, olhos vermelhos, visão embaçada ao fazer algum tipo de esforço visual e sensibilidade à luz. Quem apresenta algum desses sintomas deve ficar atento, pois pode estar sofrendo com a Síndrome do Olho Seco, que, na verdade, é uma deficiência na qualidade ou na quantidade de lágrima que o organismo produz. Este tipo de problema ocular é muito comum na estação mais fria do ano, mas, por ter causas multifatoriais, pode ser confundida com outros distúrbios como infecções ou alergias oculares.
O que é a síndrome do olho seco?
“A lágrima serve para proteger os olhos contra microorganismos, fazer a hidratação ocular e ajudar na regularização da superfície ocular para propiciar uma visão adequada. Assim com a síndrome do olho seco, diversas alterações podem ocorrer desde um simples desconforto com sensação de areia até infecções e lesões graves pelo atrito freqüente das pálpebras ao abrir e fechar os olhos”, esclarece a oftalmologista Juliana Freire.
De acordo com a oftalmologista, a melhor maneira de evitar a síndrome do olho seco é utilizar colírios lubrificantes em todas as atividades que demandem atenção. “Por diminuir a freqüência do piscar, o olho fica mais suscetível ao ressecamento, causando desconforto visual ao final do dia, por isso é aconselhável o uso de colírio lubrificante de duas a cinco vezes ao dia”, aponta a médica.
Para saber se você está com a síndrome do olho seco, observe os seguintes sintomas: sensação de areia nos olhos, cansaço visual, irritação e olho vermelho em alguns casos. Outro problema comum e incômodo é a coceira nos olhos. A oftalmologista ressalta que o ato de coçar os olhos deve ser evitado devido ao grande risco de desenvolver uma alteração chamada ceratocono que leva à baixa visão. “Olhos saudáveis não coçam, portanto, se está coçando ou existe alguma alergia ou algum tipo de infecção, o médico deve ser procurado, principalmente se a frequência do cocar for grande, ou seja, diária. Mas a dica para quem apresentou uma coceira e precisa de solução naquele momento é a utilização de compressas geladas, pois diminuem o desconforto e o olho vermelho”, explica a oftalmologista.
Consultoria: Drª Juliana Freire, especialista em Oftalmologia pela Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina; tem sub-especialização em retina com grande atuação em retinopatia da prematuridade, uma das poucas profissionais do Brasil atuante nessa área, assim como no âmbito de idosos em degeneração macular relacionada à idade, atingindo portanto todas as faixas etárias. Site:www.julianafreire.com.br