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Tem algo diferente acontecendo comigo este ano. Não sei explicar muito bem o que é. Uma querida amiga me diz que é a pré-crise dos 35, que quase todo mundo passa por ela. Talvez seja isso, mas é possível que seja também um amadurecimento mais sólido e rápido, consequência de aprendizados das três décadas e meia. Já passei por muitas coisas, já cometi muitos erros, já tive grandes chances de perdoar e pedir perdão. O caminho que trilho agora é o da busca pela leveza. Aprendi que leveza é essencial para vivermos bem e, quando a temos, é porque conquistamos a chave para o equilíbrio.

Constantemente repito para mim mesma aquele ditado popular: “o que é do homem, o bicho não come”. Isso é leveza. Não adianta sofrer por antecipação ou se esforçar demais por algo que talvez não tenha que ser seu. Siga o fluxo do que a vida te apresenta, faça a sua parte da melhor forma que puder. Isso me leva a outro pensamento que carrego no coração: “às vezes o presente de Deus é não dar!” Pois é! Quantas vezes você já debateu com Deus que queria isso ou aquilo? Nem sei contar o número de vezes em que me dei conta de que aquilo que pedi não teria sido bom para mim. Às vezes é um amor, um emprego, uma viagem… há tantas coisas que queremos, mas que podem não ser boas. Tudo tem um propósito!

Leveza é você conseguir confiar mais em si mesma e entender que enxergar o copo meio cheio é sempre uma escolha. Até nas situações mais difíceis ou ruins podemos vê-lo meio cheio. Ser positiva é também uma questão de treino, de querer aprender que as dificuldades e adversidades existem para te ensinar, te moldar e não necessariamente para causar dor. Já diria o poeta Carlos Drummond de Andrade que “a dor é inevitável, o sofrimento opcional” Dores existem, mas sofrer realmente é uma escolha e eu entendi isso recentemente. Aprender a controlar a mente não é algo fácil, mas tudo o que estou dizendo aqui está associado ao querer.

Leveza, autoajuda, crise dos 30, otimismo, positividade

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Quanto você quer se amar? Quanto quer ser feliz? Quando quer acreditar que tudo na vida segue um ciclo natural e que não se pode controlar tudo? Você consegue entender que as coisas que aparentemente te contrariam podem ser o maior presente que a vida te dá? Entende que nem tudo depende apenas de você, mas dos outros também? Muitas vezes queremos solucionar problemas que não nos competem. Um exemplo clássico: sou responsável por aquilo que falo, mas não pelo o que o outro entende. Posso esclarecer e ajudar, mas se o entendimento dele for diferente, nada que eu possa dizer irá mudar sua forma de pensar. Não posso ser responsável pela construção social de um pensamento do outro que, talvez, ele não queira mudar. E aí? Sofrerei por isso ou deixarei que as coisas fluam naturalmente e que ele tenha o aprendizado necessário com a verdade dele?

Você pode optar pela leveza, em ver o copo meio cheio e simplesmente viver, dia a dia, fazendo a sua parte da melhor forma possível. Tudo isso é um exercício e a vida lhe mostrará obstáculos, a colocará em prova, testará seus limites, mas conforme as situações começam a ficar claras para você, é mais fácil de entender como agir, como pensar. E aí buscamos pela leveza, deixamos que a serenidade nos guie e, assim, conduzimos nossos corações para a formação de caráter de uma grande mulher. Sofrer não vale à pena, a ansiedade não te leva a nada e a desconfiança só planta sementes que não germinam, então mude seus pensamentos e as situações ao seu redor mudarão sempre para o seu melhor!

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