Você já parou para pensar em como o consumismo aumentou desde que as redes sociais surgiram? O Instagram, principalmente, é a maior plataforma de ostentação da atualidade. Diversas pessoas mostrando suas “vidas perfeitas”. As decorações são todas iguais, pois seguem as tendências do momento; os corpos sarados são provenientes de muita malhação, suplementação, força, foco e fé (risos); o relacionamento é com o príncipe encantado que mima, enche de presentes, faz look de casal e sai pra comer e viajar em lugares que enchem os olhos; as viagens internacionais são as mais fascinantes, com os cliques perfeitos…
Pois é! Tudo isso tem um preço – e bem alto, diga-se de passagem. As imagens lindas que vemos na internet enchem os olhos, mas também o nosso eu interior que às vezes, enfraquecido, acredita que tendo aquilo tudo os dias serão melhores, os problemas menores e os sorrisos mais frequentes. Mentira! Você não precisa ter uma casa com decoração escandinava, nem objetos nos tons de rosé, cobre e cinza para ser cool; você não precisa namorar com um cara que te leve para restaurantes com pratos lindos, cuja ambientação renda fotos maravilhosas… Você pode, sim, planejar visitar um lugar desses vez ou outra, mas não há necessidade de ter 80 pares de sapato e nem 15 cremes anti-sinais. Entende o que eu quero dizer?
Repetir roupa, por exemplo, é algo lindo e que deveria ser mais valorizado. Roupa jamais deveria ser tratada como um objeto descartável. O repasse, a reutilização, a customização e compras em brechós estão cada vez mais em alta. Se você paga muito barato por uma roupa, por exemplo, desconfie, pois por trás daquilo pode haver trabalho escravo. Grandes marcas também se valem de atitudes desumanas, como a ANIMALE, por exemplo, que teve o trabalho escravo desmascarado recentemente. Use uma peça com várias outras, faça pesquisas de estilo no Pinterest, saia da casinha, mas não tenha vergonha de repetir roupa jamais!
Repensando o consumismo de todo dia
O consumismo se instalou em nossas vidas virtuais e endividou muita gente, frustrou outras tantas por se diminuírem ao não conseguirem comprar determinada coisa que um influenciador indicou. E precisa mesmo? Do que você precisa para ser feliz? A internet é maravilhosa para muitas coisas, inclusive para pesquisar quais dois ou três produtos para cuidar da pele seriam excelentes para você, mas você não precisa comprar os 15 que sua blogueira favorita indicou. Não deu para ir para Paris agora? Não tem problema: faça sua parte que um dia você irá. Comparar nossas vidas com a das pessoas na internet é se render à infelicidade e a sensação extrema de fracasso e você não precisa disso.
Andei repensando muito na minha forma de consumir as coisas e percebi que eu também era muito influenciada pela internet. Refleti também em como posso ser melhor para as pessoas nesse sentido, pois não quero que ninguém saia consumindo mil coisas por minha causa. É preciso ter responsabilidade, consciência e, por isso, quis escrever este post. As dicas que compartilho aqui são ações que estou adotando para a minha vida e que espero, de coração, que te ajudem também. Planejar é a chave para conseguirmos fazer as coisas que realmente importam paras nós e, para isso, precisamos economizar e deixar o consumismo de lado. Vai ser muito bom olhar a fatura de cartão de crédito ao final do mês e pensar que você não ficou gastando com besteira ou coisas desnecessárias!
Outras coisinhas que estou tentando colocar em prática:
– Sair de casa sempre com dinheiro vivo para gastar apenas o que eu estipulei. O cartão de débito também é cômodo! Estipular um valor semanal para ter na carteira e não poder gastar mais do que aquilo é uma excelente ideia e exige disciplina;
– Faça trocas de roupas ou produtos com amigas ou em grupos especializados na internet. O repasse é muito legal e beneficia o planeta e as pessoas envolvidas;
– Se entrou um item novo no seu guarda-roupa, procure algo para sair dele. Veja se tem alguma roupa que você não usa mais e repasse ou doe para alguém;
– No caso de roupa, uma boa dica é só comprar a peça se ela combinar mais 4 itens que já existem no seu guarda-roupa. Se não, melhor deixar para lá;
– Investir em sapatos, bolsas e roupas curinga é a melhor coisa que você faz, pois assim também cria versatilidade para o seu closet. E se for adquirir uma nova peça, uma outra dica é usar cupons de desconto gratuitos, assim é possível economizar ainda mais;
– Faça limpezas a cada seis meses em sua casa para não acumular itens que estão parados. O que não funciona mais para você pode ser muito útil para alguém!
Sei que as dicas são até meio óbvias, mas nem sempre paramos para pensar em tudo isso, por isso fiz questão de escrever sobre. Gostaria muito que vocês refletissem comigo, pois quanto mais pessoas mudam, melhor o mundo vai ficando. A vida pode ser mais simples e mais leve: a mudança depende de nós. Não se iluda com tudo que vê por aí!