Insegurança é um sentimento destruidor, que gera uma série de comportamentos que te fazem perder grandes momentos e que ofusca toda a beleza do seu ser: a interior e a exterior. Como muitas das mulheres convivem com essa “assombração” em suas vidas, decidi compartilhar uma experiência recente com vocês que me marcou. É para aprendermos.
Tive o privilégio de conhecer um cara que é diferente de todos os outros que já conheci. Ele é especial para mim e não sei dizer exatamente o porquê, mas é um conjunto de coisas que envolvem caráter, valores, aparência, jeito e pegada. Sabe aquele que te faz perder o chão com um simples toque? É, amigas, é assim! Desenvolvemos uma amizade muito legal e, com o tempo, as coisas foram se entortando um pouco porque surgiu aquele interesse. O melhor de tudo é que ele já me conhecia um pouco porque lia meus editoriais aqui e me seguia no Twitter (quem me segue sabe o livro aberto que sou), então eu sabia que ele tinha noção que eu era gordinha, complexada, insegura e que tinha baixa autoestima. Isso me deixava mais confortável, um pouco mais tranquila e menos neurótica.
Moramos bem longe um do outro e, um belo dia, nos encontramos e ficamos. Foi diferente de tudo o que eu já havia experimentado. Me senti tão em paz com ele que chega a ser difícil de descrever. Ele sabia e entendia como eu me sentia e, além de tudo, eu estava com um amigo que tinha uma boa noção das minhas neuras e inseguranças, que sempre ressaltou que minha aparência não era um prolema. Não tinha razão para me esconder. Essa foi, sem dúvida alguma, uma das experiências mais marcantes de minha vida porque me senti livre para ser eu mesma naquele dia e experimentei uma sensação única. Terei 90 anos e me lembrarei daquele dia porque foi simplesmente perfeito.
O tempo passou, a amizade continuou e, um belo dia, ele arrumou uma namorada. Como éramos muito amigos, sempre conversávamos sobre todos os tipos de assunto, inclusive sobre o relacionamento dele. A menina é totalmente diferente de mim: é mais baixa, tem um corpo bem bonito, é magra, peituda e enfim, tem uma estrutura corporal que agrada muito aos homens – coisa que eu não tenho. Quando vi o tipo de garota que ele estava namorando, imediatamente o meu complexo quicou como uma bola de basquete que fica pulando na quadra diversas vezes. Eu me senti tão feia, tão inferior, tão insegura.
Se você me disser que nunca passou por isso, por favor, me ensine a fórmula! Nós, mulheres, somos bichos muito bestas mesmo. Por que raios eu tinha que me comparar com essa menina? Por que o fato de ela ser toda “gostosona” ativou imediatamente o meu complexo e fez com que eu achasse que ele nunca mais olharia para mim da forma como olhou no passado? Não sei…babaquices de mulher, eu acho. Nem conheço a menina, não sei como ela é, que tipo de personalidade ela tem, quais seus valores e nem nada disso, mas de onde foi que tirei que eu era inferior a ela? Quer dizer que só porque ela tem um corpo bonito – porque sim, isso é tudo o que sei sobre ela – ela é melhor do que eu? Eu sou um desastre? Uma chata, feia, boba, desinteressante?? TUDO ERRADO!
Bem, mas como sou meio besta e demoro para entender as coisas, eu continuei lá, remoendo minha insegurança, me sentindo o patinho feio de sempre. O tempo passou e o namoro dele acabou terminando e, tempos depois, tive a oportunidade de revê-lo. A ansiedade e a expectativa dessa vez foram totalmente diferentes porque eu estava toda bitolada em agradá-lo, em tentar assegurar que ele me acharia bonita, atraente e me desejaria tanto quanto antes porque eu estava me comparando com a outra, que ele achava o “ó do borogodó” de linda. E como um cara que estava todo doido por uma menina como ela poderia me desejar? Parecia que isso não fazia sentido, não entrava na minha cabeça!
Como a lei de Murphy é uma coisa linda, vejam o que aconteceu: no dia do reencontro, eu estava uma pilha e, não bastasse isso, a energia acabou e não consegui secar o cabelo e me arrumar direito. Ai bateu aquele pânico dramático que vocês entendem: como aquela criatura vai me ver assim, de cabelo desarrumado? E eu tinha planejado tudo: desde a roupa que ia vestir, até a cor da sombra que eu ia usar, até o jeito que arrumaria o cabelo. Murphy me deixou tão triste que abandonei as ideias e acabei “me arrumando” de forma totalmente diferente do que a desejada. Na realidade acho que nem me arrumei…só dei uma “tapeada”, se é que vocês me entendem. Quando ele chegou e me viu, ainda fiz questão de dizer algo meio do tipo: “olha, acabou a energia e enfim, é isso que tem pra hoje”. Precisava dizer isso? Precisava deixar transparecer toda a minha insegurança? Uma das primeiras frases que ouvi foi: – Relaxa que você tá linda! – Pronto…eu não sabia onde enfiar minha cara!
Acho que nunca fiquei tão nervosa ao ficar com uma pessoa como fiquei naquela noite. A minha insegurança era tanta que eu não sabia como agir. Estava parecendo que era a primeira vez que eu ficava com um rapaz. Eu não sabia se conversava, se partia pra cima dele, se ficava quieta…eu perdi a noção das coisas e fiquei igual barata tonta. Nem sei quantas vezes ouvi ele me dizer “relaxa” naquela noite. A minha insegurança estava pulsando em cada poro da minha pele e ele sabia que eu estava encanada com minha aparência. Estávamos eu, ele e um elefante branco no mesmo lugar. Basicamente era isso!
Cresci ouvindo repetidamente que eu era feia e, acho que por isso, até hoje não sei lidar com elogios referentes à minha aparência. Sempre acho que estão dizendo algo por piedade. Embora tenha ouvido elogios dele algumas vezes, é difícil de acreditar. Não porque acho que ele está mentindo, mas porque pra mim é simplesmente difícil. Parece que meu cérebro tem dificuldade em entender como um cara que era enlouquecido pela “gostosona” pode também se atrair por mim. É uma coisa inconsciente que me pega, me confunde, me atrapalha toda. E eu sei a resposta racional para isso. Sei sim, mas como disse, como a sementinha do mal foi plantada em minha mente desde criança, a insegurança vem com tudo. Essa porcaria me trava, me impede de aproveitar melhor os momentos e é uma amarra à parcialidade. Não sei se consigo desfrutar dos momentos livre de culpa, livre do meu próprio julgamento, porque sim…eu sou o problema. Duvido que ele tenha ficado me julgando ou procurando defeitos em minha aparência enquanto estava comigo.
Meus amigos homens sempre dizem que se um homem está com uma mulher, é porque ele quer. Ninguém o obriga a nada e se ele está com você, é porque te curte, te acha interessante, atraente e mais algumas coisas. A insegurança é um veneno tão poderoso que fez com que eu me esquecesse de tudo isso e não desfrutasse por completo um momento que eu esperei tanto tempo para acontecer de novo. Vocês nem imaginam quantas vezes eu sonhei com esse bendito reencontro e eu mesma me privei de aproveitá-lo ao máximo. Foi bom? Foi ótimo, mas poderia ter sido muito melhor se eu não tivesse passado metade do tempo insegura, com medo do que ele estava pensando e sentindo. Acho que o conheço um pouco e, se pudesse apostar, diria que ele não estava muito preocupado se meu cabelo estava assim ou assado ou se tinha uma celulite aqui e outra ali. Eu é que coloquei um monstro em minha própria mente.
Escrevi tudo isso para dizer a mim mesma e a vocês, que sofrem do mesmo problema, que a insegurança é um veneno que tem que ser eliminado de nossas vidas. Não deixe que ela te prive de viver o máximo de suas experiências como aconteceu comigo. Não se compare com outras mulheres – todas têm sua beleza e não é apenas um corpo que encanta as pessoas. Cada uma de nós é diferente e única e quem tiver que gostar de você vai lhe admirar por tudo o que você é. Pode ser um pouco difícil de entender isso e pode ser que leve um tempo, mas acredito que eu e você chegaremos lá e sabe o que ajuda? Saber que no mundo ainda existem caras legais como esse ai que contei pra vocês! Sei lá eu porquê ele entrou na minha vida, mas saber que ele existe faz com que eu me sinta menos invisível porque ele é especial. Espero que eu tenha aprendido a lição, pois se um dia me for dada a oportunidade de estar com ele novamente, quero que a insegurança passe longe de mim para que eu foque todas as minhas energias nas coisas boas que ele me faz sentir! Os momentos não se repetem, são únicos e por isso devem ser aproveitados ao máximo. Vamos nos permitir!
E vocês? Já passaram por uma situação similar?
Um beijo grande,
Paula – @parispaula
13 comments
MARTA ALBERGARIAS
Sabe, que por incrível que pareça , eu entendo?
Sim porque sendo eu oposto de você em kg ( não que seja A GOSTOSA ) , mas porque em algum momento de minha vida, tambem deixei o monstro da insegurança me dominar.
Paula
Eu sei que você tem estes problemas todos, descritos por você mesma. Mas sabe, não vou dizer relaxa.
Vou dizer: ESGOTE ESTE SENTIMENTO.
Como assim?
Simplesmente vivendo ele plenamente e colocando seus prós e contras para ele existir.
Tipo…
Tem um festa que vocoê esta louca pra ir mas sente-se insegura.
Faça um exercício e NÃO VÁ!!!
Deixe a insegurança levar a melhor e depois da festa tendo passado, some os prós e contras de ter deixado a insegurança vencer.
O que eu perdi?
Quais conversa nãos conversei?
A bebida ou drinques maravilhosos que perdi…
Sabe, você só aí, vai achar a medida ideal para que a insegurança não seja a senhora de sua vontade.
Pense nisto.
A cada dia que passa, você escreve melhor!
Paula Bastos
Você, dona Marta, sempre sensacional! Obrigada por ser tão companheira ao ler meus editoriais e sempre me deixar uma palavra de conforto. Você nem consegue imaginar como isso nutre meu coração. Acho que você está certa….preciso fazer esse teste para esgotar essa insegurança, todo esse medo. Preciso viver mais e deixar de me esconder atrás de algo que nem eu mesma sei o que é…
Obrigada por tudo! Beijo!
Rick
Paris, como sempre, seus textos são profundos. Não tenho mto oq falar né, acho que vc mesma já encontrou o problema e tb o remédio, o negócio é compartilhar e dividir o sentimento. Entao, vou compartilhar uma história minha tb, se puder.. leia ela antes (é curtinha).
http://estacao47.wordpress.com/2011/10/13/12-dias-com-ele/
Leu? Agora te falo, tb fiquei super inseguro. E de uma forma totalmente diferente, afinal, o cara em questão é o meu oposto. Mais velho, gordinho, nem tão bonito assim e com dinheiro. E eu? Um meninao no comeco da vida.
Perdi. Mas e dai? Fiquei inseguro, procuramente milhoes de motivos pra entender o pq dele ter me deixado.. e sabe a q conclusao cheguei? Nenhuma.. aliás, uma, essa mesma q vc chegou.. curtir o momento ao máximo, sem insegurança, pq eu nao sei o dia de amanha.
Nao sou mehlor nem pior doq ngm por ai, de vez em qdo eu sou melhor pra alguem e nao do que alguem.
Continue na sua caminhada, continue compartilhando e vamos fazer juntos!
Paula Bastos
Ai Rick, você me fez chorar com o seu texto porque eu também já vivi algo assim. Tem algumas pessoas que entram em nossas vidas e nos arrebatam completamente e a gente se entrega com tanta intensidade que a coisa muda de forma e nada parece ser mais perfeito do que aquilo. Já vivi algo semelhante, mas no meu caso, não fui “trocada”. A pessoa simplesmente deixou de me querer e eu tive as mesmas indagações que você.
A insegurança, no meu caso, é relacionada à aparência, mas todo mundo sofre com ela de alguma forma. É que eu não sei, mas quem me garante que esse meu amigo do texto também não estava inseguro com algo que eu sequer imagine? É que eu sou assim, um livro escancarado, um poço de sentimento, uma hipérbole em pessoa. Não tenho muito medo de me expor e de dizer o que estou sentindo, mas a maior parte das pessoas têm e elas simplesmente mascaram essa insegurança. Seja ela mascarada ou exposta, o que eu preciso aprender é a não deixar que ela me reduza a uma parte de mim que é apagada, sem graça. Eu quero viver com intensidade, quero ser feliz e felicidade vem em momentos. Sei lá…é muita coisa pra refletir.
Você é um menino lindo, com um montão de valores e um coração sensacional e eu não tenho a menor dúvida de que em breve lhe aparecerá um amor de verdade. Essa fase de amores breves passará. Eu também cansei dos momentâneos. Quero algo contínuo, que envolva uma escala de crescimento. Só nos resta esperar 😉
DonaFarta
Olha, Paulinha…
Em meus 35 anos de vida, acho que não houve um único dia em que eu não tivesse lidado com algum tipo de insegurança.
Ao contrário do que muitas pessoas dizem, acho que a insegurança faz parte da vida, não é algo do que se possa libertar completamente, a diferença é que algumas pessoas admitem ser inseguras e outras não.
Obviamente existem graus de insegurança, e cada um lida com ela de uma maneira, mas no fundo todo mundo padece do mesmo mal.
A questão é que a gente precisa reconhecer a insegurança, encará-la de frente e encontrar formas de lidar com ela, minimizando-a ao máximo de modo que ela tenha um peso quase nulo nas histórias que vivemos.
Sabe aquela história que sempre falamos aqui, que uma gordinha precisa usar as roupas certas pra valorizar o que tem de bonito e disfarçar o que não é assim tão legal? Então! Essa é uma regra que devia ser aplicada na vida, de um modo geral.
Ninguém é perfeito, e a gente perde tempo demais tentando ser o que nunca seremos.
É um clichêzão manjado, mas a vida nos mostra o tempo todo que quem gosta da gente, gosta do pacote, do conjunto, e não apenas de uma parte.
As pessoas têm noção do que somos, enxergam nossas virtudes e nossos defeitos também, e fazem suas escolhas baseadas no que é importante pra elas.
E a gente tem que prestar atenção nisso. Porque às vezes o que importa demais pra gente, é insignificante pro outro.
O outro vê, sabe, tem consciência de que temos o “defeito” X, Y ou Z, mas por todo o resto ele escolhe lidar com estes “defeitinhos” (às vezes físicos, às vezes de personalidade, às vezes os dois), porque acredita que todo o resto vale à pena. E a gente tem que aprender a entender e aceitar isso, senão os “defeitinhos” acabam crescendo e nos tornando pessoas desinteressantes.
A insegurança sempre vai existir. Mas relacionamento é uma lição cotidiana, e quando a gente presta atenção, acaba entendendo o que salta aos olhos do outro, e o grande truque, na minha modesta opinião, é trabalhar estes pontos positivos.
É como matar 2 coelhos com uma paulada só: A gente vai se tornando cada vez mais interessante, e quando nos damos conta a insegurança está lá, tão pequena que passa desapercebida até por nós mesmas.
A soma de insegurança + ansiedade pode ser catastrófica, como eu aliás já te disse.
Sem sombra de dúvidas a sua conclusão do editorial foi muito sábia, e deve ser um mantra pra todos nós: Viver o momento. Se depois a pessoa vai achar isso ou aquilo, bem, ninguém tem como se assegurar de que as coisas rolarão perfeitas. Então que possamos garantir, na pior das hipóteses, as memórias de um momento especial vivido plenamente, onde a insegurança foi apenas uma figurante, e onde a grande estrela fomos nós, na plenitude do que somos!
Beijos!
Nome*Clarice
Ahh Paula o que dizer diante desse teu editorial?
Ah,insegurança sem dúvida é algo presente no meu dia-dia em diversas situações.Muitos dos pontos que você citou dos motivos para que vocÊ seja tão insegura foi como me ver falando sobre algo que eu sinto,não sei explicar mas é nessa linhA de raciocínio mesmo,em muitos momentos me vejo numa antítese:Não dá pra fingir ser nem pra mim nem para os outros que sou uma pessoa segura,confiante pois sou extremamente insegura em todos os sentidos possíveis,é como se em uma única pessoa existisse umA parte de gelo e outra de fogo.Não sei explicar ao certo,mas é bem isso que vocÊ falou esquecer esse parâmetro de me comparar sempre com os outros e lembrar que ninguém é igual cada um tem corpo diferente um jeito diferente,pensa diferente e etc.Com certeza espero com o tempo conseguir acreditar mais em mim ficar mais segura diante de todas as situações ou melhor saber sobressair .
OBS:TUDO QUE EU LEIO TENTO ME IMAGINAR NAS SITUAÇÕES E NESSE EDITORIAL FOI DIFERENTE ME IMAGINAR PASSANDO POR UMA SITUAÇÃO COMO ESSA…CHOREI LENDO SEM DÚVIDA VOCÊ CONSEGUE DESCREVER MUITO DO QUE EU SINTO,ADORO MUITO LER TEUS EDITORIAIS,POIS SE SUPERAM SEMPRE!
Nome*Cristina Bastos
Sei que fala de mãe tem peso diferente, porque filhos nem sempre acreditam naquilo que falamos.
Já disse tantas vezes que também fui muito insegura na minha juventude e o mais engraçado, é porque eu ERA MAGRA DEMAIS. Tinha um complexo tão grande disso que não usava saias, vestidos, shorts porque tinha vergonha das pernas finas demais. Biquini então, nem pensar.
Também achava que nenhum homem olharia para mim, porque faltava ONDE PEGAR…. Faltava ser gostosona, ser interessante para atrair a atenção de alguém interessante. E o pior que além de tudo isso, minhas irmãs eram lindas. Então quem olharia para mim.
Eu achava que ficaria para “titia”, solteirona, porque não era capaz de atrair alguém interessante. O engraçado é que você filha, já disse a solução, o que o outro vê em nós, é diferente do que vemos em nós mesmas. Nos enxergam como nós mesmas não nos enxergamos. Sabe porque, o complexo é nosso e não deles. A única coisa que posso te dizer, é que o seu pai, me viu de forma diferente, me achava bonita, e me escolheu para ser sua namorada, noiva e esposa. E olha que o seu pai era um homem bonitão. Eu não acreditava que aquele homem lindo pudesse me escolher. Mas foi assim. Eu morria de ciúmes, porque ele era muito bonito. Depois de muitos anos de casamento descobri que ele tinha mais ciúmes de mim, do que eu dele. Pode parecer besteira, mas isso foi bom, porque valorizou minha autoestima, pensei, não sou tão feia assim.
Para terminar, nada como o tempo para fazer a gente pensar no que vale a pena e garanto, que ser magra, mais cheinha, alta ou baixa, não é o que importa, mas sim aquilo que você carrega dentro de você, a sua essência, os seus valores e a sua conduta, porque agradar o outro será impossível, então o que temos que fazer é ser feliz com o somos e com o que temos e isso sim é o que atrairá quem nos merece.
Te amo de qualquer forma, e esta forma, pode ter certeza é a que te vê – LINDA!!!!!!
Silvia Neves
Nossa Paulinha, adorei. Quem nunca sentiu tudo isso e muito mais que atire a primeira pedra. Sou a rainha da insegurança e em tudo na vida… já perdi muitas boas oportunidades e vejo isso como aprendizado. Hoje me permito mais a errar, a enfrentar as coisas, prefiro tomar uma decisão que talvez possa me arrepender do que arrepender por não tê-la tomado, mas leva muito tempo para chegar nessa fase que se renova a cada dia. Como dizem: temos que matar o leão nosso de cada dia… o pior é que além de insegura sou super tímida aí que a coisa enrola mais ainda…. mas vamos lá, tentando viver da melhor forma possível e matando nossos leões.
Devo dizer que tb fiquei emocionada com o comentário da sua mãe, ela deve ser uma fofa assim como vc. Bjooooo
Paula Bastos
Sil, confesso que fiquei muito surpresa ao ler que você se sente insegura! Mas você é TÃO linda! Para quem está de fora, é difícil imaginar uma pessoa como você insegura! Olha, minha mãe não é exatamente fofa, não. Ela sempre foi muito durona comigo porque sempre soube que minha vida não seria fácil. Desde os tempos de escola em que os meninos me diziam “nossa, sua mãe é uma gostosa e você é uma feia”, desde a época em que eu era xingada dos nomes mais feios e voltava pra casa aos prantos, ela sempre foi forte e nunca deixou transparecer muito aquele sentimento de piedade, de compaixão. Se eu chorasse, ela mandava eu engolir o choro. Você sabe como é…você me conhece um pouco: eu sou mega sensível, choro por qualquer coisa, mas sou muito forte e embora eu demonstre o que sinto, não é qualquer coisa que me derruba e isso aprendi com minha mãe. Hoje ela demonstra mais esse lado “fofo” dela, pois agora ela sabe que eu sou mais forte e sei lidar um pouco melhor com as afrontas da vida. Foi muito legal ler o que ela escreveu. Quando eu era criança, ela me contava que tudo o que eu sofria por ser gordinha, ela sofreu por ser magra demais, então ela entende meus complexos, meus medos….isso é bacana porque podemos conversar, mas eu sempre sonhei em ser como ela, ter o corpo como o dela. Enfim, mas Deus não quis que fosse assim, né. É como você disse: vivendo e aprendendo a matar um leão por dia!
Um beijo enorme
Felipe Ohno
Mas que maravilha, dona Paris!
E diga à sua mãe que o comentário dela me emocionou.
Eita família de escrivinhadoras!
Ana Paula
Paula,
Essa pessoa que vos fala é um poço de insegurança! Além de insegura, essa mesma pessoa também é muito, mas muito tímida, o que deixa a situação caótica pra qualquer um!
Agora, depois de ler o texto tenho que te falar algumas coisas:
1-nós que sofremos com a instabilidade da autoestima e os muitos quilos na balança, sempre vamos nos comparar com outras mulheres. Infelizmente!
Eu sei, nós não deveríamos, somos pessoas únicas, como todo ser humano, mas parece que é mais forte do que a gente! Aquele elogio que você ouve sua amiga receber do carinha bonitinho faz você pensar: “Se eu fosse diferente, magra, mais bonita, talvez aquele elogio tivesse sido pra mim!”, e isso já faz seus pilares da auto estima, e principalmente da segurança balançarem!
2- você tem sorte! Sério! Porque só de já ter tido um relacionamento com uma pessoa, de ter encontrado esse cara legal e se relacionado com ele também, pra mim, você já uma pessoa, além de tudo, segura!
Falo isso porque essas benditas: insegurança, feiura e “gordurinhas” nunca me deixaram caminhar para esse rumo. Sempre encontro uma desculpa ou faço alguma coisa de maneira proposital para afastar uma pessoa que supostamente está querendo me conhecer, ou que simplesmente que tenha olhado pra mim mais de uma vez e me enxergado como pessoa mesmo, não apenas como mais uma gordinha! Isso porque também não sei lidar com elogios quanto à aparência!
Também já me privei e ainda não faço muita coisa por conta da insegurança. É horrível! Às vezes, quando você não consegue se livrar da situação e ela vem com tudo, depois, quando passa, você olha e vê a tempestade em copo d’água que você tinha armado na sua cabeça, que tudo é, e foi tão simples que nem doeu!
Eu sei que a insegurança é esse veneninho que você disse, mas é que muitas vezes ela somada ao medo [e a timidez, no meu caso!] acabam provocando uma reação onde agente não vê saída a não ser querer se esconder embaixo do cobertor e esperar que aquela fase passe, que tudo volte ao normal, mesmo que este “normal” seja regido em muitos momentos pela insegurança!
Ah! E você é linda! Confesso que estou me inspirando em você pra encontrar um antídoto contra essa insegurançazinha ai!
Beijos!
Paula Bastos
Querida,
Sei como é sentir o que você sente porque fui assim por anos, mas chega uma hora em que começamos a ver que a vida está passando e não estamos vivendo. Você não pode se enterrar nesse buraco, mulher! Se preciso, busque ajuda. Eu faço terapia há um tempo e sem dúvidas isso me ajuda muito.
Fiquei muito honrada e feliz em saber que, de alguma forma, eu te inspiro e te ajudo. A minha vida não é fácil e tenho um monte de monstrinhos dentro de mim que tenho que matar diariamente…é sempre com muita luta, mas a gente não pode se deixar levar e abater. Essas situações existem para nos ensinar e nos deixar mais fortes.
Continue deixando comentários pra mim e sempre que precisar, pode vir conversar, viu?!
Um beijo enorme!
nem
Todo mundo tem inseguranças. Tem que ser muito psicopata pra não ter nenhuma. O que não se pode é deixar isso atingir um nível patológico que comprometa a nossa independência.