A melhor viagem da minha vida

Foi assim, no susto e sem planejamento algum, que ela aconteceu, a melhor viagem da minha vida! Assim como para a maioria das pessoas, 2016 foi um ano deveras puxado para mim. Eu precisava me desligar, desacelerar a cabeça dos assuntos rotineiros do trabalho e estar mais em conexão comigo mesma. Um grande amigo fez o convite para que eu fosse visitá-lo em Londres. As milhas davam, o pouco dinheiro que tinha naquele momento seria suficiente e eu teria mesmo alguns dias de recesso. Não havia razão para dizer “não”. Comprei as passagens e arrumei as malas de uma forma muito despretensiosa. Não tinha planos para aquela viagem. Nada, absolutamente nada, estava sendo planejado. Pela primeira vez, eu que gosto de planejar tudo, deixei a vida me levar.

A viagem já começou com fortes emoções, pois eu deveria chegar em Londres no dia 30/12. Por um desvio climático do destino e uma decisão trágica da Alitalia (não recomendo que voem por essa companhia aérea, pior experiência de todas) acabei chegando na terra da rainha às 23h25 do dia 31/12. Do metrô que saiu do aeroporto e me levou até a estação Bethnal Green já fui me apaixonando pela cidade. Fui recebida com muito amor pelos meus amigos e foi um grande conforto vê-los depois de todo o transtorno que passei para chegar até Londres. Em 20 minutos tomei uma ducha, coloquei meu look da virada e fui ver os fogos. A ficha ainda não tinha caído, sabe?

No primeiro dia do ano descansei um pouco, pois estava exausta da viagem e aproveitei para refazer a mala para os destinos dos próximos dias. No dia 02 embarcamos para a Escócia e no dia 05 fomos para Paris. Até chegarmos na Escócia o meu estresse parecia não ter fim, pois passei por todo um caos para chegar a Londres. Depois perdemos o ônibus para o aeroporto no dia 02 e quase não conseguimos embarcar. Cheguei a chorar de dor durante o embarque porque eu tive que correr e meu joelho estourou. O melhor conselho que posso dar a quem for fazer uma viagem internacional é para fazer bastante atividade física antes e estar com bom condicionamento físico. Ano passado eu não consegui ir à academia com assiduidade e sofri muito nesses dias pela Europa.

Deixando a vida me levar…

Quando vamos para outro país queremos conhecer tudo e a gente anda por tudo, fato. Meu joelho não dava problema há mais de 10 anos, mas me deixou um dia inteiro de repouso. É muita escada, muita correria. Às vezes você precisará carregar peso ou terá que dar uma corridinha para não perder um ônibus e coisas desse tipo, por isso é bom estar com o condicionamento físico ativo. Eu teria sofrido bem menos se tivesse conseguido ir à academia em 2016 como fui em 2015. Isso, inclusive, foi bom para que eu adeque a minha rotina e jamais deixe os exercícios de lado como fiz ano passado.

Conheci lugares lindos, me apaixonei por todas as cidades, matei a saudade de velhos amigos e conheci gente nova que me encantou. Meu coração, que estava em paz e já sem muita esperança de que ainda existia gente boa neste mundo, até foi surpreendido e deu um pulo forte dentro do peito. Nada planejado, nada imaginado… Nada do que me aconteceu eu poderia ter imaginado e eu senti um grande orgulho de mim mesma de soltar as rédeas e deixar Deus me surpreender. Quando a gente confia que Ele pode fazer o melhor por nós e descansamos, Ele faz. Foram dias maravilhosos que revigoraram mente, corpo e alma.

Tenho muito para contar, mas vou distribuir as informações em posts separados, então se preparem porque as próximas pautas ainda serão sobre a melhor viagem da minha vida! O meu conselho para você, neste momento, é para estar aberta para as surpresas que a vida pode te trazer, para se arriscar mais e não tentar planejar ou controlar tudo. Quando Deus tem as rédeas, não tem como nada dar errado. Acredite, confie e entregue. Você pode ser muito mais feliz do que imagina!

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