Alimentação saudável: como fiz as pazes com a comida

Fui obesa por toda a minha vida. Desde a infância luto  com questões de saúde relacionadas à obesidade. Depois de tentar todos os tratamentos possíveis, fiz a cirurgia bariátrica em 2018.

Engana-se quem pensa que a cirurgia bariátrica é o caminho mais fácil. 

Aprendi que não há saída simples para a obesidade. A luta contra a doença será constante e ela não é apenas física, mas psicológica.

Fiz dietas restritivas inúmeras vezes, que me levaram a episódios de compulsão. Restringir não é o caminho, pelo contrário.

Depois de fazer terapia especializada para tratar a obesidade, antes e depois do processo da bariátrica, aprendi que o segredo está nas escolhas e no equilíbrio. 

Foi assim que fiz as pazes com a comida.

Nenhum alimento é vilão. Não precisamos travar uma guerra contra o açúcar ou carboidrato, mas sim aprender a fazer inserções inteligentes em nossa rotina.

No presente, equilibro minhas escolhas. Não vou comer doce todos os dias, mas vou comer um ou um pedaço de algo se eu sentir muita vontade durante a semana.

Restringir vai gerar compulsão e um desejo de comer maiores quantidades.

Posso comer pizza em um dia da semana à noite, mas então vou equilibrar com uma salada caprichada no almoço, por exemplo, e ovos no café da manhã.

Não preciso criar um “dia do lixo” para comer o que tenho vontade.

Aliás, nenhuma comida é lixo e jamais deveríamos adotar esse termo para nos referir aos alimentos. Tudo que é feito com equilíbrio dá ao seu corpo saúde física e mental.

Viver em restrição pode gerar transtornos alimentares. Dietas flexíveis e a reeducação alimentar são o caminho para ter uma vida saudável e feliz.