Por Paula Bastos www.grandesmulheres.com.br

 #MODA 

A falta de representatividade asiática na moda plus size

O mercado de moda plus size tem feito grandes avanços no mundo todo.  Há, porém, muitas lacunas para serem preenchidas.  Uma delas é a falta de representatividade entre as modelos escolhidas para campanhas.

Modelos plus size pretas e gordas maiores começaram, recentemente, a ganhar um pouco mais de espaço no mercado com marcas que têm um pouco mais de visão.

A presença desses grupos de pessoas em campanhas, no entanto, ainda é baixa, se formos comparar com a quantidade de modelos plus size “padronizadas” que vemos por aí – mulheres curvilíneas de cintura fina, sem barriga, coxas grossas e busto farto.

Mas quando o assunto são modelos asiáticas, a representatividade é praticamente nula, tanto na moda regular quanto no plus size.

Nos Estados Unidos, a modelo P.S. Kaguya vem batalhando por espaço. Neste ano, ela fez seu debut na New York Fashion Week desfilando para a grife C’EST D.

“A indústria quer modelos orientais condizentes com a representação do estereótipo da mulher asiática: temos que ser pequenas e obedientes.”

P. S. Kaguya

“Nos castings para desfiles, muitas vezes eles literalmente pedem por modelos asiáticas que sejam magras, de pele pálida, com cabelos longos e pretos, jeito submisso. É uma ideia absolutamente homogênea de quem a mulher asiática deve ser.”

E no Brasil, quantas mulheres orientais podemos citar no mercado de moda plus size? 

Sendo um dos países que mais recebeu imigrantes do Japão, por exemplo, não é de se estranhar que não haja representatividade para essas mulheres?

Que a indústria de moda possa entender, de uma vez por todas, que representatividade importa e que muitas mulheres estão deixando de consumir de marcas não inclusivas. Pessoas reais geram desejo: um padrão inalcançável causa dor e sofrimento!