Muito se discute sobre os papéis da mulher atual, multifacetária, se desdobra entre a profissional competente, mãe dedicada, dona de casa caprichosa, esposa, amiga. Pode estudar, trabalhar, pensar, votar, amar e tomar decisões sobre sua vida. Como se já não bastasse desenvolver todas essas atividades, existe a cobrança estética, corpo em forma, pele jovem, mente sã. Esse é o perfil da mulher no século XXI. Com tantas atribuições, a eficiência dos resultados muitas vezes fica comprometida, o que pode refletir em sentimentos de angústias e frustrações.

No passado a função “mulher” era clara e objetiva, cuidar da casa e da prole, assistir o marido, dando suporte em tudo o que fosse preciso para que ele pudesse se preocupar somente em trabalhar e fornecer o sustento à família. Mas a inquietude humana despertou nas mulheres o instinto do querer mais, e com o passar dos anos, o número de conquistas foram tantas, que hoje possuem o mesmo status que o homem na sociedade. Esse sucesso é resultado da junção de características, antes exclusivamente masculinas, como coragem, determinação e iniciativa, com a intuição, sensibilidade e empatia tão próprias da natureza feminina.

Todas essas mudanças não isentaram a cobrança de perfeição e sucesso que sempre perpetuou no universo feminino. Ter uma agenda atribulada e dar conta de todos os compromissos, profissionais e familiares, se tornou padrão para as mulheres das novas gerações. Preparar o café da manhã, deixar os filhos no colégio, ir ao trabalho, dedicar tempo ao estudo, praticar esportes, o dia precisaria ter mais de 24 horas. Mas a rotina de “super-mulher” muitas vezes cobra um preço alto, adiar a maternidade, ou não ser tão presente como gostaria na vida da criança, deixar a família e amigos de lado ou ainda ter a imagem de prepotência como aliada, sem perceber, e tornar-se uma pessoa solitária.

Para que a felicidade e a realização caminhem juntas é preciso deixar as cobranças de lado, respirar fundo e se perguntar o que realmente importa, qual é seu ideal de vida? Sem se preocupar com o que a sociedade impõe, afinal, estamos falando aqui dos seus desejos e anseios, ouça a voz do seu coração e defina sua missão de vida. Se dedicar apenas à carreira, sem laços afetivos, galgando o cargo mais alto da empresa, ou sua meta se resume em casa, comida e roupa lavada, ou ainda, sim, você é uma “super-mulher” e dá conta do recado da dupla função.

Não há o certo e o errado, as escolhas aqui são feitas a partir do que você acredita como ideal. Agindo assim, não existirá sentimento de culpa, angústia, frustração. No máximo irá rever a proporção do tempo dedicado a cada atividade, reorganizando sua agenda de acordo com as prioridades daquele momento. Quando você se conhece e sabe exatamente o que quer, consegue manter as rédeas da sua vida de acordo com os seus valores, sem deixar que a pressão externa conduza suas atitudes e a torne uma pessoa sem propósito e objetivo. E você, é uma mulher-maravilha?

*Anderson Cavalcante É administrador de empresas com ênfase em Marketing e MBC pela University of Florida. É autor dos best-sellers “O que realmente importa?; “As coisas boas da vida”, pela Editora Gente. No Brasil, seus livros já venderam mais de 410 mil exemplares. Para mais informações, acesse www.andersoncavalcante.com.br

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Um comentário

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Todos os dias, as cobranças batem na nossa porta>>> querer um dia que tivesse mais de 24 horas é o mais comum.
Acho que se vc coloca sua energia no que faz, não importa que sejam apenas minutos, ou horas…
O que vale é a QUALIDADE empregada.
Se for acompanhada de AMOT, tanto melhor!!!
Apareçam e conheçam o Mulheres à La carte.
Iremos adorar!
Beijos a todos Ma Albergarias

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