O Grandes Mulheres abre espaço para contar um pouco da vida de uma das mais importantes ativistas políticas da história da Guatemala, Rigoberta Menchú.

Filha de uma parteira, Juana Tum Kótoja, e de um ativista da comunidade Chimel, Vicente Menchú Pérez, Rigoberta herdou dos pais a vontade e a força de lutar pelo seu povo. Na Guerra Civil da Guatemala (1962-1996), por exemplo, foi exilada para o México por manifestar-se contra o regime militar. Dez anos depois, em 1991, participou da elaboração da Declaração dos Direitos dos Povos Indígenas pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Em 1992, Rigoberta foi reconhecida pela luta em defesa aos direitos humanos de seu povo, os maias, com o prêmio Nobel da Paz. Além do Nobel, é vencedora do Prêmio Príncipe das Astúrias de Cooperação Internacional e é embaixadora da Boa-Vontade da Unesco.

Livro

DivulgaçãoO livro auto-biográfico Me llamo Rigoberta Menchú y así me nació la conciencia (em versão literal Me chamo Rigoberta Menchú e assim me nasceu a consciência, já disponível em português) é de Elisabeth Burgos. A autora fez a obra a partir de entrevistas com Rigoberta.

Me llamo Rigoberta Menchú y así me nació la conciencia desbrava a vida da ativista desde sua infancia, quando aos cinco anos começou a trabalhar em uma plantação de café até os tempos de luta, denúncia e renveindicação. Mas mais do que isso, o livro rememora os 32 anos de violencia rural na Guatemala, a qual provocou a morte de quase 55 mil vítimas, a maioria campesinos.

Confira um trecho do livro:

Mi tarea es más que todo de transportar papeles al interior, o adentro de la ciudad y organizar a la gente al mismo tiempo practicando con ellos la luz del evangelio. Yo no soy dueña de mi vida, he decidido ofrecerla a una causa. Me pueden matar en cualquier momento pero que sea en una tarea donde yo sé que mi sangre no será algo vano sino que será un ejemplo más para los compañeros. El mundo en que vivo es tan criminal, tan sanguinario, que de un momento al otro me la quita. Por eso, como única alternativa, lo que me queda es la lucha, la violencia justa, así lo he aprendido en la Biblia.

Leia mais: Guatemalteca faz história



Comentários

Recomendados

Deixe um comentário

Seu email não será publicado. Required fields are marked *